Os Quarto Hebreus na Corte da Babilônia
comida da sua própria mesa e com o vinho que ele bebia. Sendo
sustentados por seus recursos, eles seriam, ao final de três anos,
levados à sua presença. Seu propósito, estando Satanás por
trás disso, era remover suas raízes judaicas e torná-los como os
Caldeus, embora usassem a sabedoria que tinham recebido de seu
Deus. Essa mistura de conhecimento divino e mundano é ainda
uma das artimanhas do inimigo para remover todos os vestígios
da nossa separação e da nossa devoção exclusivamente ao Senhor.
III. O PROPÓSITO DO CHEFE
E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel
pôs o de Beltessazar, e a Hananias, o de Sadraque, e a Misael, o
de Mesaque, e a Azarias, o de Abede-Nego. (1:7)
Daniel e seus três companheiros foram colocados sob os
cuidados e ensino de Aspenaz, o chefe dos eunucos. Esse príncipe
pagão tinha plena autoridade sobre eles. Os nomes que lhes foram
dados por seus pais proclamavam o caráter e o poder do Deus a
quem serviam, então outros nomes, mais adaptados aos gostos da
Babilônia, foram-lhes dados por Aspenaz. Seus novos nomes foram
associados aos ídolos de Sinar. Daniel, que significa “Deus é meu
juiz” ou “juízo de Deus”, teve seu nome mudado para Beltessazar,
que significa “príncipe de Bel.” Mais tarde, o rei reconheceu que
era o nome do seu deus (4:8). Hananias, que significa, “Amado de
Jeová” foi mudado para Sadraque, que significa “Iluminado pelo
deus-sol”, sendo “Rak” o nome do deus-sol. Misael, que significa
“Quem é como Deus” tornou-se Mesaque, que significa, “Quem
é como Vênus.” Azarias, que significa, “Jeová é o meu socorro”
foi chamado Abede-Nego, que significa “Adorador de Nebo”, que
era o deus pagão do comércio e do dinheiro.
Como já dissemos, o propósito por trás deste ato do chefe dos
eunucos era fazer esses rapazes (eles ainda estavam no início da
adolescência) esquecerem suas ligações com o Deus de Israel e a
cidade de seus pais e tornarem-se conformados com os costumes
dos pagãos da Babilônia. Aqui nós podemos aprender uma lição
indispensável, nós também estamos vivendo em um mundo hostil
que procura eliminar todos os vestígios da nossa vocação divina e
nossa caminhada de consagração.
Este mundo está em inimizade com o filho de Deus, e muitos
se desviaram pelas formas sutis de conformidade com seus
maus caminhos, que tão constantemente se apresentam. O mais
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