Capítulo 1
Nabucodonosor, que atacou Jerusalém três vezes. Na primeira
invasão de 606 a.C., Daniel e seus companheiros foram levados.
Na invasão de 598 a.C., Ezequiel foi levado cativo. A invasão final
de 587 a.C. completou o julgamento, e a cidade foi queimada.
O Senhor entregou Jeoiaquim ao poder de Nabucodonosor e
também permitiu ao rei pagão levar os vasos sagrados do templo
e colocá-los na casa do tesouro do seu deus na terra de Sinar.
Assim, podemos ver o início daquele período conhecido como os
tempos dos gentios, quando Jerusalém foi entregue na mão da
autoridade gentílica. O curso e o fim dos tempos dos gentios são
os temas principais desta grande profecia de Daniel. Por trás de
todos os eventos registrados na história dos homens e das nações
estão os propósitos e o plano de Deus.
II. O PROPÓSITO DO REI
E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse
alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real, e dos nobres,
jovens em quem não houvesse defeito algum, formosos de
aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e sábios em ciência,
e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para
viver no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados nas letras
e na língua dos caldeus. E o rei lhes determinou a ração de cada
dia, da porção do manjar do rei e do vinho que ele bebia, e
que assim fossem criados por três anos, para que no fim deles
pudessem estar diante do rei. E entre eles se achavam, dos filhos
de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias. (1:3-6)
Deus permitiu que Nabucodonosor cumprisse Seu propósito
de tomar Daniel e seus companheiros cativos, mas o monarca
pagão estava decidido de que eles deveriam agora ceder à sua
autoridade exclusivamente. O propósito do rei era adornar o seu
palácio com estes jovens “... em quem não houvesse defeito algum,
formosos de aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e sábios em
ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para
viver no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados nas letras e na
língua dos caldeus” (v. 4). Havia, nesse desejo do rei, o cumprimento
de outra profecia. Deus já havia falado a Ezequias, em Isaías 39:7,
dizendo: “E dos teus filhos, que procederem de ti e tu gerares, tomarão,
para que sejam eunucos no palácio do rei da Babilônia”.
Para alcançar seu objetivo de usar as habilidades desses
prisioneiros, o rei queria que eles fossem alimentados com a
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