Introdução
exemplo da lei do casamento levirato registrado em Deuteronômio
25:5-10. Uma viúva sem filhos deveria ser tomada por esposa pelo
parente mais próximo, de modo que o primogênito que ela viesse
a dar à luz sucederia com o nome do marido morto, para que o
seu nome não fosse apagado de Israel. A lei do levirato é assim
chamada por derivar da palavra “liver”, que significa cunhado. Se
algum cunhado não agisse como parente-redentor em um caso desse
tipo, a mulher poderia levá-lo aos anciãos da terra. Se ele ainda se
recusasse a executar a ação de um go’el, em seguida, a viúva deveria
desamarrar seu sapato do pé e cuspir em seu rosto. Seu nome
passaria a ser chamado em Israel: a casa do descalçado. Nesse livro
deleitoso, o go’el realizou totalmente seu papel de parente-redentor,
resgatando a propriedade e tomando a viúva como sua noiva.
Outra linda característica do livro é o registro da provisão da
compaixão de Deus para com os gentios. Este fato também é um
dos temas principais de outro pequeno livro de quatro capítulos,
Jonas. A história de Rute revela a maravilha do amor generoso de
Deus para com os desabrigados, os solitários e os famintos. Rute,
sem marido, sem casa, sem alimentação adequada, encontrou um
parente-redentor, um homem chamado Boaz, que lhe ofereceu pão
de sobra e um lar em sua casa, em Belém, para compartilhar seu amor.
Neste aspecto, a história fala a todos nós que éramos estrangeiros,
solitários, sem lar e famintos, até que fomos encontrados pelo
Redentor.
Rute é rico em exemplos dispensacionais, doutrinários,
devocionais e didáticos. Seu interesse toca idosos e jovens, ricos
e pobres, mestres e servos, maridos e mulheres, viúvas e órfãos,
crentes e descrentes. Pode-se aprender o valor dos pequenos livros
da Bíblia, que muitas vezes fornecem pão ao que come, semente
para o semeador e um vaso cheio para o adorador.
É interessante notar que apenas dois livros do Antigo Testamento
têm como título o nome de uma mulher. Uma delas era uma gentia
(Rute), e a outra, judia (Ester). Rute se tornou a noiva do rico
parente-redentor, um homem que temia a Deus. Ester se tornou a
rainha de um dos maiores impérios do mundo e era a esposa do
monarca pagão. Ambas se tornaram uma fonte de grande bênção
para o mundo. Deus as distinguiu colocando seus nomes à frente
de dois livros inspirados da Bíblia. Milhares de meninas foram
nomeadas tanto Rute como Ester. A santa influência de Rute tem
permanecido por séculos e tem sido conhecida em todo o mundo.
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