Introdução
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massacres entre sérvios, croatas e muçulmanos; nem a perseguição
aos judeus como “assassinos de Cristo”; um mundo sem “problemas”
na Irlanda do Norte; sem “crimes de honra”; sem televangelistas
de ternos brilhantes e cabelos esvoaçantes ludibriando as pessoas
e tirando o dinheiro dos ingênuos (‘Deus quer que você doe até
doer’). Imagine que não haja talibãs para explodir as estátuas antigas,
nem decapitações públicas de blasfemos, nem a flagelação da
pele feminina pelo crime de simplesmente mostrar alguns de seus
centímetros”. 40
Essa mensagem ressoa poderosamente em um mundo sob os efeitos
temerosos dos atos de terror fanáticos perpetrados pelos extremistas.
Qual de nós, com exceção dos violentos, não gostaria de viver em
um mundo livre de tais horrores? A maioria de nós não hesitaria em
concordar com os novos ateus que há problemas, grandes problemas,
com alguns aspectos da religião. Como poderíamos “respeitar”
extremistas religiosos que incentivam homens e mulheres jovens a se
tornarem bombas viventes para que obtenham acesso instantâneo ao
paraíso? Os novos ateus estão bastante certos em chamar a atenção
para esse tipo de coisa, especialmente em sociedades que estão
em perigo de ter o discurso público paralisado pelo politicamente
correto.
Em uma página após outra, os novos ateus explicam com detalhes
escabrosos a trágica história de horror e do mal, associados à religião.
Tais detalhes vão desde os atos atrozes dos fundamentalistas
islâmicos suicidas que matam e mutilam suas vítimas inocentes,
até o abuso inqualificável de crianças, praticado por padres, os
quais lhes roubam a inocência de sua infância e muitas vezes lhes
infligem traumas psicológicos brutais e permanentes; as atrocidades
prosseguem com a temível lavagem cerebral dos cultos, até a limpeza
étnica dos Balcãs; além dos disparos no joelho e os tiroteios infligidos
entre si pelos extremistas protestantes e católicos romanos da Irlanda
do Norte. Na verdade, ao dar uma olhada ao redor do mundo atual,
constatamos que não somente existem guerras entre os diferentes
grupos religiosos, mas também há um feroz combate entre as várias
facções do mesmo grupo religioso. A religião certamente parece ser
um grande problema.
Bem, se a religião é o problema, então, a solução é óbvia, dizem os
novos ateus: eliminar a religião. A sociedade civilizada, dizem eles,
não pode mais dar-se ao luxo de sorrir com indulgência para a religião