Livros Em defesa de Deus | Page 17

Introdução 17 massacres entre sérvios, croatas e muçulmanos; nem a perseguição aos judeus como “assassinos de Cristo”; um mundo sem “problemas” na Irlanda do Norte; sem “crimes de honra”; sem televangelistas de ternos brilhantes e cabelos esvoaçantes ludibriando as pessoas e tirando o dinheiro dos ingênuos (‘Deus quer que você doe até doer’). Imagine que não haja talibãs para explodir as estátuas antigas, nem decapitações públicas de blasfemos, nem a flagelação da pele feminina pelo crime de simplesmente mostrar alguns de seus centímetros”. 40 Essa mensagem ressoa poderosamente em um mundo sob os efeitos temerosos dos atos de terror fanáticos perpetrados pelos extremistas. Qual de nós, com exceção dos violentos, não gostaria de viver em um mundo livre de tais horrores? A maioria de nós não hesitaria em concordar com os novos ateus que há problemas, grandes problemas, com alguns aspectos da religião. Como poderíamos “respeitar” extremistas religiosos que incentivam homens e mulheres jovens a se tornarem bombas viventes para que obtenham acesso instantâneo ao paraíso? Os novos ateus estão bastante certos em chamar a atenção para esse tipo de coisa, especialmente em sociedades que estão em perigo de ter o discurso público paralisado pelo politicamente correto. Em uma página após outra, os novos ateus explicam com detalhes escabrosos a trágica história de horror e do mal, associados à religião. Tais detalhes vão desde os atos atrozes dos fundamentalistas islâmicos suicidas que matam e mutilam suas vítimas inocentes, até o abuso inqualificável de crianças, praticado por padres, os quais lhes roubam a inocência de sua infância e muitas vezes lhes infligem traumas psicológicos brutais e permanentes; as atrocidades prosseguem com a temível lavagem cerebral dos cultos, até a limpeza étnica dos Balcãs; além dos disparos no joelho e os tiroteios infligidos entre si pelos extremistas protestantes e católicos romanos da Irlanda do Norte. Na verdade, ao dar uma olhada ao redor do mundo atual, constatamos que não somente existem guerras entre os diferentes grupos religiosos, mas também há um feroz combate entre as várias facções do mesmo grupo religioso. A religião certamente parece ser um grande problema. Bem, se a religião é o problema, então, a solução é óbvia, dizem os novos ateus: eliminar a religião. A sociedade civilizada, dizem eles, não pode mais dar-se ao luxo de sorrir com indulgência para a religião