Do Egito a Canaã
a longa disciplina, os altos e baixos, os fracassos e as
restaurações passadas? Ali, de pé, dando o último passo
no deserto, o ouvimos exclamar como Calebe: “E agora
eis que o Senhor me conservou em vida, como disse; quarenta
e cinco anos há agora, desde que o Senhor falou esta palavra
a Moisés... E ainda hoje estou tão forte como quando no dia
em que Moisés me enviou; qual a minha força então era, tal é
agora a minha força, para a guerra, e para sair e para entrar”
(Josué 14:10-11). Ele se conhece a si mesmo e conhece a
Deus: e esta é a verdadeira experiência da vida cristã.
Por certo, quando estivermos na Sua luz, e olharmos
para trás, através de todo o caminho áspero por onde
o Senhor nosso Deus nos tem conduzido, livrando-
nos, sustentando-nos, defendendo-nos e refreando-nos
quando nossos pés errantes quase escorregaram; quando
percebermos o quão perto estivemos do precipício,
e como fomos afastados por Sua mão, exclamaremos,
com corações reverentes “Ele tudo fez bem”.
O Salmo 23 é o cântico do deserto de alguém que está
provando Jeová como seu Pastor na caminhada para o
lar. Ali o peregrino é visto com a cruz atrás de si (Salmo
22); a glória (Salmo 24) pela frente; e o Pastor (Salmo 23)
com ele. Embora esteja passando pelo “vale da sombra
da morte”, com inimigos ao seu redor, ele não teme mal
algum, porque o Pastor está ao seu lado e o Seu cajado,
a Sua vara, os Seus olhos orientadores estão todos
ocupados com o peregrino, até que ele alcance “a casa
do Senhor”, seu lar eterno.
Caro jovem crente, achas este mundo um deserto
sombrio? Sentes que estás andando através de uma terra
estranha, onde nada pode satisfazer teu coração ou atrair
teu olhar? Satanás e o teu próprio coração procurarão a
cada passo te seduzir a ir por outro caminho, trazendo
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