20
CONCEITOS-CHAVE DA BÍBLIA
e seus esforços.
É nisso também que se reside a liberdade humana.
Adorar a qualquer um, ou qualquer coisa, que não seja
Deus, sempre acaba por degradar e escravizar o espírito
humano. Os primeiros cristãos foram eventualmente
confrontados com um governo totalitário que
demandava que eles adorassem o chefe de Estado.
Porém, os apóstolos lhes ensinaram a não temer o
governo e a santificar a Cristo como o Senhor de seus
corações (1 Pedro 3:14-15). Isso significa que, no fundo
de seus corações, eles deveriam estar conscientes da
santidade do Filho de Deus e de seu direito exclusivo
de ser adorado. E, na lembrança dessa santidade, eles
encontraram a coragem necessária para enfrentarem
as exigências idólatras de seus governos totalitários e
para defenderem a liberdade de espírito de todo ser
humano.
Chamar Deus de santo é também uma forma de
se referir a sua absoluta e impressionante pureza. “O
SENHOR é reto... e nele não há injustiça”, afirma o Velho
Testamento (Salmo 92:15). “Deus é luz” — diz o Novo
Testamento — “e não há nele treva nenhuma” (1 João 1:5),
nem intelectual, nem moral, nem espiritualmente. No
campo físico é a luz física que concede cor às coisas. E
nos campos intelectual, moral e espiritual é a luz da
santidade de Deus que traz toda a beleza e sentido da
vida. O pecado faz o contrário: ele entorpece as cores
da vida, enfraquece a sua sensibilidade, escurece a
mente e cega o espírito.
Por outro lado, a luz da santidade de Deus expõe
o pecado. E não só expõe, pois a santidade de Deus
não é simplesmente uma qualidade passiva, como um
pilar de neve branca e pura congelada. Ela se expressa