Cristo como Filho
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enviaste a Mim e que os tens amado a eles como Me tens
amado a Mim" (17:23). O amor do Pai para com o Filho
é o mesmo amor que nos aceitou no Amado. Quanto
maior que seja a nossa percepção da bem-aventurança
de Cristo como o Filho, tanto mais, obviamente, será a
nossa bem-aventurança Nele.
6. "Pai, aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver,
também eles estejam comigo, para que vejam a Minha
glória que Me deste; porque Tu Me hás amado antes da
criação do mundo" (17:24). Este majestoso versículo
abrange duas eternidades e mostra que a fonte de
toda a nossa bem-aventurança e de toda a alegria de
Cristo nas eras vindouras é o amor do Pai para com
Ele no passado eterno.
7. "Para que o amor com que Me tens amado esteja neles,
e Eu neles esteja" (17:26). O amor do Pai ao Filho será
a nossa verdadeira porção e nosso gozo sem cessar,
quando ponderarmos a riqueza eterna desse amor e a
vastidão do seu propósito de bênção.
6. A revelação de Deus que provém do Seu relacionamento
como Filho. Ninguém pode proclamar o Pai como
Aquele que conhece tudo o que há em Seu seio. Das
profundezas de uma intimidade sem reservas, da pureza
dela de luz e amor e da sua plenitude de vida o Filho
veio para conhecermos a Deus. Não é de admirar, pois,
que depois da expressão "no seio do Pai" vêm, como uma
cadeia dourada, mais quatro expressões relacionadas
com ela, constituindo-se mais uma daquelas harmonias
de pensamento que é uma característica dos escritos
de João. Em primeiro lugar, o seio, o lugar de acesso,
comunhão e amor; então, o nome, o índice de carácter;
em terceiro lugar, a vontade, que fala dos Seus propósitos
sábios e santos; depois, a mão, a esfera de poder e de
distribuição; e finalmente, a casa, o lugar do descanso
final.
1. "Eu vim em nome de Meu Pai", disse Cristo (5:43), e