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As Glórias do nosso Senhor
glória como o Filho. Mesmo os judeus reconheceram que
a Sua afirmação de ser o Filho de Deus foi uma afirmação
de igualdade com Deus (João 5:18). Sabemos que o
termo "filho" tinha sido aplicado por Deus ao povo de
Israel como um todo, mas tinha um significado nacional.
O relacionamento como Filho em relação a Deus não foi
conhecido até que foi revelado pessoalmente em Cristo.
O ensino do nosso Senhor em João 5:19-29 reivindica
categoricamente para Si mesmo conhecimento e poder
iguais ao conhecimento e poder do Pai, e exige "que
todos honrem o Filho, como honram o Pai". É verdade que
"o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma", mas
isto não é por causa de alguma inferioridade Nele, mas,
sim, por causa do Seu lugar na unidade da Divindade.
3. A intimidade do Seu relacionamento como Filho. O Filho
está no seio do Pai. Esta é a esfera que Lhe é própria em
virtude do Seu lugar na Divindade. Na Bíblia, a expressão
"no seio" usa-se com respeito ao relacionamento entre
amigos íntimos, de pais e filhos e de marido e esposa, e
assim indica proximidade e afeição intensa. A expressão
de João 1:18, a falar rigorosamente, não é "no seio",
mas, sim, "para dentro do seio", assim falando não só
do lugar, mas também da direção, e fala da comunhão
entre o Pai e o Filho em que todos os pensamentos do
Pai são perfeitamente reciprocados pelo Filho. Fala de
Um que "descansa com seu rosto virado para dentro"
fruindo a plenitude do amor do Pai. Não há véu, nem
limitação de acesso, nem intimidade parcial, mas, sim,
a plenitude do conhecimento perfeito e da alegria
perfeita. Enquanto João em seu Evangelho dá este lugar
ao Senhor no primeiro capítulo, no último ele nos diz
que, se cada uma das ações de Jesus fosse escrita, supõe
que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros
que se escrevessem. Não é clara a lição, que só o seio do
Pai poderia contê-Lo? Só ali é que Ele seria plenamente
conhecido e plenamente apreciado.
4. A eternidade do Seu relacionamento como Filho. O