Os Redimidos do Senhor
como é o homem em seu estado natural, longe de
Deus, no mundo e do mundo, servindo àquele que é
o seu “deus” e o seu “príncipe”: Satanás. Mas, foi para
esse povo subjugado que veio a redenção. Eles foram
libertos do domínio e autoridade de Faraó, para
serem o povo escolhido de Jeová: “vós tendes visto o
que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias e
vos trouxe a mim” (Êx.19:4). Foram libertos para ser o
“tesouro particular” de Jeová, um povo “chegado a Ele”.
(Salmo 148:14), um povo “não contado entre as nações”,
mas habitando só (Núm.23:9), com Jeová no seu meio,
os amparando e governando sobre eles. Não é de se
admirar que Moisés, o homem de Deus, ao despedir-se
deles, acampados na última etapa da sua jornada pelo
deserto, proferiu aquelas palavras sempre dignas de
serem lembradas: “Bem-aventurado és tu, ó Israel! Quem
é como tu? Um povo salvo pelo Senhor” (Deut.33:29). E a
posição e bênçãos de Israel são apenas sombras do lugar
ainda mais elevado e mais rico a que os crentes deste
tempo presente são trazidos “em Cristo”, como descrito
nas palavras brilhantes do apóstolo “o qual nos abençoou
com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em
Cristo” (Efés.1:3).
Muito menos nos teria satisfeito – sermos libertos do
inferno e do juízo era tudo que desejávamos nos dias
anteriores à nossa conversão – mas menos não teria
satisfeito o nosso Deus, ou cumprido os desejos do
Seu coração. Seu propósito era ter um povo chegado
a Ele, uma família junto a Si, todos agradáveis aos
Seus olhos, todos “santos e irrepreensíveis diante dele em
caridade[amor]” (Efés.1:4).
Foi somente depois de o povo de Israel ter sido tirado
do Egito e reunido em torno de Jeová no deserto, tendo
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