Livros A grandeza do Gólgota | Page 16

Capítulo 1 Charles Simeon foi um professor universitário que sofreu muita perseguição e zombaria. Era muito usual nas universidades inglesas da época, como é ainda hoje, tratar com extremo desprezo os estudiosos da Bíblia. Em uma ocasião, extremamente pressionado por seus adversários, ele procurou a solidão dos bosques e clamou a Deus que lhe mostrasse uma parte do livro que eles tão entusiasticamente desprezavam. Abrindo seu Novo Testamento escrito em grego, seus olhos encontraram imediatamente as palavras sobre Simão, o cireneu. O texto tinha uma relevância surpreendente, por causa de seu próprio nome. Foi então que, naquele momento e lugar, ele rogou a Deus que colocasse a cruz sobre ele novamente, para que, daquele momento em diante, estivesse vinculado à “aflição como uma coroa de flores ao pescoço”. Embora, em última instância, o ato de carregar a cruz seja um ato voluntário, ele requer esforço e sofrimento, os quais poderíamos evitar, mas nós aceitamos por causa de Cristo. Não são realmente as aflições que nos surpreendem, mas, sim, aquelas que nós assumimos como o cumprimento da morte do Mestre, do qual ele falou no santo monte (confira Lucas 9). Podemos tentar salvar nossa vida, afastando-nos dos problemas e evitando investir tempo e dinheiro em ações ligadas à Sua causa, para depois percebermos que perdemos nossa vida. Ou podemos perder nossa vida aos olhos dos homens, mas, na verdade, descobrir que investimos no melhor de todos os interesses. Nosso bendito Senhor pode não nos obrigar a levar a cruz, mas, caso Ele o faça, encontraremos a mesma alegria que encontrou Charles Simeon há muito tempo. “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.” (Gálatas 6:14) 14