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Brasil: terreno fértil para o
cooperativismo multiplicar-se
Historicamente, os registros mais antigos que se têm das primeiras
instituições do movimento cooperativo no Brasil remontam a meados
do século 19, mais precisamente em 1847, quando o médico francês Jean
Maurice Faivre, adepto das ideias reformadoras de Charles Fourier,
funda nos sertões do Paraná, com um grupo de europeus, a colônia
Tereza Cristina, organizada em bases cooperativas. Essa experiência não
teve longa duração.
Logo após, em 1889, em Minas Gerais, surge a primeira cooperativa
do País. Uma cooperativa de consumo em Ouro Preto. Já no século 20,
em 1902, surge a primeira cooperativa de crédito do País, no Rio Grande
do Sul. A partir de 1906, começam a se desenvolver as primeiras
cooperativas agropecuárias de âmbito nacional.
No final dos anos 1920, ganhou notoriedade no Brasil um modelo de
cooperativismo desenvolvido pelo italiano Luigi Luzzati (1841-1927), que
se diferenciava do modelo alemão pelo fato de exigir um pequeno
capital, quando da admissão de qualquer cooperado, e ter como público
preferencial os assalariados, os artesãos e os pequenos empresários,
comerciantes ou industriais. Difundido pela Igreja Católica e por leigos
que, participando de um Congresso Mariano em Roma, tiveram a
oportunidade de conhecer o cooperativismo italiano, o chamado
cooperativismo de crédito popular mostrou-se muito mais adequado
para a realidade brasileira.
A partir de então, o modelo cooperativista expande-se, ganhando
atenção e regulamentação por parte do governo federal, que foi, assim,
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