Há também o lado musical e festivo da lavagem. Em entrevista exclusiva ao Ler Agora, Wilson Souto, produtor musical responsável por lançar grandes nomes da música baiana, a exemplo do Chiclete Com Banana, disse, “A lavagem do Bonfim vira um palco da música baiana, que propaga os sucessos do carnaval, os sucessos que vão estar na boca do povo, de uma certa forma todos os eventos que aglomeram público, conseguem lançar moda e artistas, Salvador é a cidade mais musical do Brasil, é um público apaixonado por música”.
Wilson contou a história sobre como percebeu que Salvador era especial para a musicalidade. Ele estava no ônibus, a caminho de Salvador pela primeira vez, “vim de carona em 1970, foi a primeira vez que entrei no ônibus e o caminho inteiro faziam batucada, foi um choque que me impressionou, foi o núcleo mais importante da gravadora Continental”, Wilson completou sua fala ao dizer que o baiano tem uma criatividade fora do comum.
O aspecto artístico
A arquitetura da igreja do Bonfim remete ao século XVIII(18), assim como muitas outras espalhadas por Salvador e pelo estado da Bahia. Seu “altar-mor” é, em partes, banhado a ouro e inteiramente dedicado ao Senhor do Bonfim, nos altares há imagens tipicamente religiosas.
As paredes brancas contrastam com o dourado arquitetônico das dobradiças de portas e janelas. É possível encontrar estátuas de arcanjos feitas de madeira no interior do santuário e os famosos azulejos português na região da ala direita. Atualmente a igreja passa por reformas de preservação.
A importância da lavagem para a música de Salvador
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