Intersexo
A Causa
A palavra Hermafrodita tem origem no mito grego de “Hermafrodito”. Há muitos anos os médicos utilizam a palavra “hermafrodita” ou “pseudo-hermafrodita” na classificação de intersexo, porém desde 2006 não se utiliza mais essa terminologia já que para os pacientes estes termos causam constrangimento e são considerados pejorativos, visto que muitas pessoas as utilizam para ofender e até mesmo para criticar, além disso a percepção social associa a terminologia grega à todas as possibilidades de intersexualidade e ainda se pressupõe que são sempre pessoas com genitais femininos e masculinos ao mesmo tempo.
Entretanto, com o tempo o termo intersexo foi abolido dos diagnósticos, preferindo DDS (Diferença do Dessenvolvimento Sexual), pois intersexo é uma terminologia dúbia, além de denotar um sexo terceiro ou um sexo intermediário, o que não se adequa aos pacientes. Diz-se que uma DDS é quando não há acordo entre o sexo genético, o sexo gonadal e o sexo fenotípico de um indivíduo, sendo assim pode-se ou não ter casos com ambiguidade genital.
A fim de diminuir esse problema referente à nomenclatura, um grupos de especialistas da Lawson Wilkins Pediatric Endocrine Society (LWPES) e da European Society for Paediatric Endocrinology (ESPE) reuniu-se em Chicago para elaborar um consenso a respeito do assunto, eliminando termos que pudessem causar dúvidas ou que dessem a ideia do indivíduo estar sendo criado em um sexo incompatível ao seu diagnóstico.
Por isso, é notável que todo paciente que possui alguma desordem do desenvolvimento sexual possui uma emergência, principalmente, no âmbito da integridade psicossocial. Então, tudo o que for necessário e puder ser feito para diminuir o sofrimento do paciente e de seus familiares é bem-vindo, e esses são os objetivos do campo da Endocrinologia e foram os mesmos objetivos utilizados pelo Consenso de Chicago. Contudo, ainda hoje esses objetivos não foram cumpridos e ainda utiliza-se uma terminologia dúbia, devido a falta de informação da população e é algo que deve ser mudado o mais rápido possível.
A tabela abaixo apresenta a classificação que foi proposta, utilizando termos que seriam mais bem aceitos pelos pacientes e que não seriam confusos para os profissionais da saúde:
A OMS estima em 1% a porcentagem de pessoas intersexuais no mundo todo
VOCÊ SABIA
Escrito por Maria Eduarda Soares
20