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A Cooperação Sul-Sul

A Cooperação Sul-Sul é um resultado das trocas comerciais desbalanceadas entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, pelo fato de haver uma grande diferença entre os valores agregados, em que os países desenvolvidos são caracterizados pela produção industrializada de alto valor,enquanto os países subdesenvolvidos caracterizam-se pela produção de manufaturas e commodities de baixo valor agregado, a partir da teoria estruturalista ou marxista das relações internacionais é possível estabelecer uma relação de centro e periferia (PREBISCH,1991) ,baseados nesses fatores,os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento se mobilizariam para amenizar esse desequilíbrio e visariam promover os interesses econômicos coletivos, onde essa colaboração geraria um menor custo-base para os Estados membros.

FAO e a Cooperação Sul-Sul

Monday, 9.6.2017

I O contraste econômico entre os países industrializados do norte e os países produtores de manufaturas ou commodities do sul do mapa geográfico configura-se em uma desigualdade estrutural proporcionada pelas relações comerciais dentro do sistema internacional, onde os produtos industrializados possuem um alto valor agregado e os outros possuem um baixo valor. Em meio a este contexto, a partir da perspectiva marxista nas relações internacionais e com o consenso dos Estados considerados “periféricos” dentro dessa ótica (PREBISCH,1991) , surge o conceito de Cooperação sul-sul como uma forma de promover um desenvolvimento mútuo entre países em desenvolvimento. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) vê essa cooperação como uma forma de atingir seus objetivos principais, respondendo pelos esforços internacionais para a erradicação da fome e pelo progresso econômico e social dos países de terceiro mundo.

Fiat Panis em latim ou “Haja Pão”, o lema de uma das maiores agências especializadas do sistema da ONU, a

Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) já nos figura um pouco de seu objetivo,sendo constituída por 187 membros (186 Estados e a Comunidade Europeia), onde a Conferência dos Estados Membros configura-se como órgão diretor supremo, elegendo um conselho de 49 Estados Membros com a função de tomar decisões (eleitos por 3 anos em um sistema de rotatividade). A FAO busca incentivar a cooperação na área de segurança alimentar, respondendo pelos esforços internacionais para a erradicação da fome, fomentando pesquisas na área agrícola, a melhoria nas técnicas de produção e distribuição de alimentos e a conservação dos recursos naturais (PORTELA,2014),ou seja,a FAO visa um desenvolvimento sustentável dos países a fim de dar um fim aos problemas causados pela desigualdade,com destaque a fome,onde tem incentivado os Estados a colaborarem para cooperarem,buscando satisfazer as necessidades da população atual e das próximas gerações.

A tentativa de evitar um holocausto nuclear

Criação do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP):

Criação do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP):

Criado em 1968, o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) foi um acordo proposto pelos cinco países detentores de armas nucleares naquele momento, sendo eles os Estados Unidos, a antiga União Soviética, a França, o Reino Unido e a China. Tinha como objetivo reduzir a insegurança nuclear e evitando a proliferação de armas nucleares por diversos países no planeta.

O Tratado reconhece o direito dessas cinco potências de possuírem armas nucleares, e proíbe aos demais países utilizarem da tecnologia para a fabricação de bombas, podendo utilizar-se somente para fins pacíficos, voltados para a produção de energia elétrica e pesquisa cientifica.

Entretanto, é difícil de se compreender como foi que 189 países que foram proibidos de desenvolver armas nucleares assinaram esse tratado, já que ele cria uma assimetria de poder, onde somente as grandes potências poderiam possui-las. Para isso, foi prometido que as cinco potências reduziriam gradativamente o seu arsenal nuclear. Somente assim os demais países assinaram o tratado.

No entanto, mesmo com a ratificação do TNP, a corrida nuclear ainda existia entre os Estados Unidos e União Soviética, não havendo uma redução no número de ogivas nucleares por um longo período de tempo. Estes números só viriam a declinar com o final da Guerra Fria, onde ambos os países reduziram de forma significativa suas armas por não haver mais a necessidade de se manter um arsenal tão vasto.

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A FAO partindo desse fator,vê a Cooperação Sul-Sul como uma forma mais eficiente de atingir seus objetivos, as possibilidades de adaptação e de troca de experiências semelhantes, a ausência de condicionalidades e as identidades compartilhadas eram alguns dos benefícios apresentados por essas novas formas de cooperação (CORRÊA, 2011),ou seja, esta colaboração beneficiaria os Estados que encontram-se em condições periféricas,visando reduzir a diferença entre os valores agregados das mercadorias produzidas pelos países do globo,uma vez que aumentando a produtividade e qualidade da produção,esta ação beneficiaria as condições econômicas e amenizaria o problema da fome desses Estados.

GIL

Criação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA):

Inspirada na teoria funcionalista, foi criada em 29 de julho de 1957 a AIEA, tendo como objetivos promover o uso pacífico e seguro da energia atômica em todo o mundo. E para manter a fiscalização e o controle sob os programas nucleares, a AIEA é a única organização internacional supranacional existente atualmente. Seus funcionários são de cunho técnico e seus funcionários tem o livre e total acesso às instalações nucleares dos países-membros. É uma organização da ONU totalmente independente, e os Estados não exercem nenhuma influência sobre as suas decisões.

Conferência de Revisão do TNP 2015 e a iniciativa do banimento das armas nucleares:

A cada 5 anos, é realizada uma conferência de revisão do TNP, tendo a última se realizado em 2015. Nessa conferência, foi discutida uma área livre de ogivas nucleares no Oriente Médio. Todavia, as negociações não avançaram pela relutância de Israel, que se sentiu em um empasse. Ou o país admitia que possuía armas nucleares e as desmantelava, ou negava que possui armas nucleares e todas as outras armas de destruição em massa”.

Fora do assunto Oriente Médio, a conferência de revisão do TNP abordou também a questão de um possível tratado que proibia as armas nucleares, como o que existe em outros tipos de armamentos como o químico.

Com o argumento das consequências humanitárias de uma explosão atômica, na ocasião, mais de 100 países se manifestaram a favor dessa possibilidade.

62ª conferência de desarmamento nuclear de Pugwash (2017):

Liderados pelo Brasil, México, África do Sul e Nova Zelândia, com base na ideia da criação de um tratado para proibir armas em um nível global na Conferência de Revisão do TNP 2015, os países interessados se reuniram em Pugwash e chegaram a um acordo de proibição de armas nucleares.

Ao contrário do TNP, que como o próprio nome diz, é uma tentativa de não-proliferação das armas nucleares pelo mundo, sendo que os países já detentores destas poderiam continuar tendo-as em seus arsenais.

1967: Arsenal americano atinge o seu pico com 31,255 ogivas.

1886: O arsenal soviético atinge o seu pico com 45,000 ogivas.

1986: O arsenal nuclear global atinge o seu pico com 64,099 ogivas.

1991: O Tratado START entre os Estados Unidos e União Soviética é assinado.

1993: O Tratado START II entre os Estados Unidos e Rússia é assinado.

2002: O Tratado SORT é assinado.

2010: O Tratado START é assinado entre Estados Unidos e Rússia, tendo como um dos objetivos a redução do arsenal nuclear limitado a 1,550 ogivas ativas por ambas as partes.