CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
Palestra UALG
Pela profícua articulação com os conteúdos de aprendizagens dos Cursos Profissionais de Turismo e de outras áreas, o professor de sociologia, Rogério Neto, programou, em conjunto com a Biblioteca ESJAC, uma palestra oferecida pela Universidade do Algarve: A INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS TURÍSTICAS: O CASO DA HOTELARIA
Assim, no dia 9 de março de 2016, o Dr. Hélder Carrasqueira, antigo aluno da nossa escola secundária, proferiu uma palestra em que focou o contexto da expansão das cadeias hoteleiras internacionais, as formas de expansão, a importância da marca, os indicadores de rentabilidade e, ainda, a internacionalização das cadeias portuguesas e um estudo de caso sobre uma delas.
Psicologia B
M ariana verteu mais
uma lágrima. Indignada com o seu comportamento desviante e pouco assertivo, pensou naquele particular desfecho. E porque é que os seus desfechos haviam de ser sempre assim, translúcidos... dissonantes? Despidos e incoerentes como uma pedra da calçada pisada diariamente por transeuntes, amargos como o café diurno que tomava a caminho da escola. Sentia-se perdida na penumbra, presa dentro da sua inconsciência, dentro de memórias longínquas, embriagadas, fartas de ser.
Passou pelas ruas do costume, cabelos ao vento; acenou a quem passava, às senhoras de janela entreaberta que muito provavelmente viam o mundo às metades pelos interstícios das persianas, ao senhor do café e mais outros tantos... afinal, tudo continuava a acontecer naturalmente, independentemente do que pudesse sentir, nada pararia pela mesma, nem mesmo ela própria.
A rotina sempre a entediara, queria mais, queria tudo. Não podia. Continuava a diluir as suas dores em toxicidades absurdas, de modo a que tudo lhe passasse ao lado, abruptamente, sem nexo. Vivia assim, pois as amarras tinham-se entrelaçado, e desatar nós nunca fora o seu forte. Esquecera
O LUAR DE MARIANA
Por Beatriz Vasques, 12.º C2
-se de se vislumbrar no espelho. Aquele retrato cansado dos dias afligia-a, pelo que preferia não o fazer frequentemente. A sua eloquência era semelhante à de um vinil riscado, a mesma canção, repetida e inacabada; a exaustão e os dias adocicados que lhe sabiam bem, mas que não resolviam toda a panóplia de ambiguidades e incertezas que a assolavam diariamente. Não seria tudo mais fácil se conseguisse atirar com a sua existência para debaixo de um tapete poeirento? Deixá-la em lume brando e esperar que uma qualquer narrativa milagrosa se desenrolasse e tudo não passasse de um filme preguiçoso de domingo à tarde? *
Após uma interminável consulta com uma terapeuta, finalmente percebeu o que se passava, se bem que continuava a não dar muita credibilidade a alguém que se sentava todos os dias a ouvir histórias de vida deliberadamente, mas isso tinha a ver com a sua própria experiência pessoal e, convenhamos, com a sua determinante falta de paciência.
Fora-lhe dito que sofria de uma depressão major, um pouco abruptamente, a assertividade nunca fora o forte de Mariana, e reconhecê-la nos outros deixava-a desconfortável. Uma depressão? Não era possível. Apesar de já Página 19 ter pensado