Jornal do Clube de Engenharia 606 (Setembro de 2019) | Page 10

Monitoramento para eficiência energética “A função do engenheiro clínico é aplicar os conhecimentos de gestão em engenharia na área da saúde, mantendo os equipamentos médicos seguros para uso do paciente e auxi- liando a gestão do hospital a tomar as melhores decisões, tanto para aqui- sição quanto para manutenção com o melhor custo benefício”, explicou Alexandre Ferreli. No Brasil, a ma- nutenção de tecnologia hospitalar é um problema: segundo dados do Ca- dastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), apresentados pelo palestrante, 43 mil equipamentos de manutenção da vida e de diagnóstico por imagem encontram-se sem uso. O fato tem grande influência na fila de espera de pacientes. “A Engenha- ria Clínica é uma área que tem tudo para gerar emprego para engenhei- ros”, afirmou Ferreli. O evento foi promovido pelo Clube de Engenharia, Diretoria de Ati- vidades Técnicas – DAT, Divisão Técnica de Exercício Profissional – DEP, Divisão Técnica de Formação do Engenheiro – DFE e Divisão Técnica de Manutenção – DMA. http://bit.ly/Engenharia-clinica 10 Bruno Pessoa apresentou duas ma- neiras de se atingir a eficiência ener- gética: passiva e ativa. Na passiva, são utilizados objetos e materiais que consomem menos energia, tais como Nicolas Papadopoulos, por outro lado, defendeu uma fonte de energia espe- cífica: a energia solar fotovoltaica. Nas suas palavras, “uma fonte renovável inesgotável”. Segundo o engenheiro, é o segmento de energia que mais cresce O Museu do Amanhã é um exemplo de eficiência energética: parte da energia utilizada é de fonte solar, gerando economia anual de 2.400MWh. no mundo, a “energia do futuro”, por ser limpa, econômica e sustentável, porém carece de profissionais capaci- tados interessados na área. Leia a matéria completa: http://bit. ly/Eficiencia-energetica. A construção civil moderna: projetos em BIM A engenharia civil está em constan- te modernização, e um exemplo é a modelagem computacional de obras, sejam novos empreendimentos ou re- formas. Para falar sobre a atualização, o Clube de Engenharia promoveu, no dia 25 de Julho, a palestra “Intro- dução ao estudo de projetos em BIM Instituições de saúde precisam ser bem planejadas, bem construídas e providas dos melhores equipamen- tos em bom estado, e a Engenharia é a área que pode garantir isso. Foi este o tema da palestra “Engenharia na saúde”, no dia 13 de agosto, com o engenheiro Alexandre Ferreli, pre- sidente da Associação Brasileira de Engenharia Clínica (ABEClin). lâmpadas e dispositivos eletrônicos. “Por si só, a eficiência energética passiva é capaz de gerar economia de 10% a 15%”, afirmou. Já a modalida- de ativa visa a utilização dos equi- pamentos elétricos de maneira mais inteligente, por meio, por exemplo, da automação e regulação dos mesmos. O engenheiro explicou: “Os equipa- mentos permanecem ligados somente quando necessário. Também é possí- vel economizar alterando os horários de uso de energia. Através destes sistemas o consumo é programado para horários de menor custo durante o dia”. A modalidade se torna uma boa estratégia quando aplicada em edificações comerciais e residenciais. Engenharia clínica: mais segurança na área de Saúde A crescente demanda da população mundial por energia pede soluções de economia e eficiência. Uma maneira de controlar o consumo e garantir produtividade é pelo monitoramento energético, tema de workshop no Clube de Engenharia, em 06 de Agosto. Bruno Pessoa, en- genheiro eletricista especialista em automação residencial e industrial, e Nicolas Alexandros Papadopoulos, engenheiro estrutural especialista em ferramentas BIM, apresentaram o workshop “Monitoramento Ener- gético Predial para edificações resi- denciais e comerciais”, promovido pelo Clube, Diretoria de Atividades Técnicas (DAT) e Divisão Técnica de Exercício Profissional (DEP). Hospital modelado em BIM – uma realidade na engenharia em 2019”, com o arquiteto e consultor em BIM Fabrício Ferreira. BIM significa, em inglês, Building Information Modeling. Em portu- guês, “modelagem da informação da construção”. Segundo Ferreira, é uma metodologia baseada em modelos tridimensionais inteligentes, que não somente cria virtualmente a construção, mas também possibilita gerenciar o projeto da edificação e sua infraestrutura de maneira mais rápida, mais econômica e com menor impacto ambiental. O uso de BIM permite executar o que o palestrante chamou de Construção em 4D e 5D. Consi- derando-se que estão em 3D todos os componentes da obra - paredes, portas, janelas, fiação, tubulação, etc - é possível no BIM fazer a adição do planejamento da obra, suas etapas, que seriam a “quarta dimensão” do projeto. A quinta dimensão é a enge- nharia de custos: são adicionados na versão virtual elementos do orçamen- to. http://bit.ly/Tecnologia-BIM