Jornal do Clube de Engenharia 597 (Dezembro 2018) | Page 11

DEZEMBRO DE 2018 DTEs A soldagem é um elemento fundamental na enge- nharia: executada corretamente, com os materiais indicados para o processo selecionado e com a máquina aferida, evita problemas futuros no metal depositado, como trincas a frio, a quente e difusão de fenômenos metalúrgicos. O mercado da solda- gem tende a se aquecer junto à industrialização, e para falar sobre o futuro desse campo o Clube de Engenharia promoveu a palestra “Engenharia de Soldagem Autossustentável”, de José Carlos de Souza, Diretor Presidente da WTS Equipamen- tos Industriais, no dia 28 de Novembro. Também promoveram o evento a Diretoria de Atividades Técnicas (DAT) e a Divisão Técnica de Manuten- ção (DMA). No evento, Souza apresentou a possibilidade de se ter crescentes investimentos na área nos próxi- mos anos, visto o crescimento do PIB nacional e a necessidade de construção de parques industriais no país. Para o palestrante, um dos passos para o crescimento do Brasil está no aumento quantita- tivo e qualitativo de mão de obra especializada, junto à viabilização de projetos para engenheiros brasileiros. Ele apresentou novas tecnologias in- dustriais com potencial de solucionar problemas relacionados à energia elétrica e degradação am- biental: gerador de energia elétrica UPH Unidade de Propulsão Hidráulica; Condensador Natural de Água via Atmosfera Marítima (CNAAM); e tra- tamento e beneficiamento de passivos ambientais minerários com Fornos de Hidrogênio. Todos de criação originalmente brasileira. O palestrante ainda abordou os “Dez mandamen- tos da soldagem”, que incluem o uso do metal da solda de acordo com o material que, na prepara- Soldagem: mercado tende a crescer José Carlos de Souza abordou procedimentos que devem garantir a qualidade de uma soldagem. ção de corte, será chanfrado ou cortado; a correta calibragem da máquina; saber utilizar a técnica de soldagem, com ou sem oscilação, dependen- do do projeto; realização de sofisticado controle de qualidade, entre outros. Ele também falou da importância de se utilizar normas técnicas para que se possa garantir a engenharia de integridade e qualidade do projeto, rastrear itens utilizados, desde uma arruela, parafuso, tubulação etc. Dentre diversas normas existentes, José Carlos de Souza recomendou a norma da Petrobras NR 133, revi- são N 03/2017, por se tratar de uma norma com- pleta, englobando parâmetros reais de soldabilida- de, atendendo não somente a cadeia produtiva de petróleo e gás mas também logística de produção, transporte multimodal, rebocadores, equipamen- tos onshore e offshore. Segundo ele, essa norma “serve como referência para o engenheiro que está iniciando sua vida profissional e o engenheiro mais experiente”, e é capaz de suprir a escassez de literatura de soldagem, vivenciada em manutenção e fabricação nos parques industriais no Brasil. As vantagens do gás natural veicular O gás natural veicular (GNV), combustível que teve grande aderência da população brasileira no início dos anos 2000, foi tema de palestra no Clube de Engenharia no dia 29 de novem- bro. “Uso de gás natural veicular: cenário atual, perspectivas futuras, regulamentos e normas, aspectos econômicos e de segurança” foi o tema apresentado por Mariane Lyra, engenheira civil e consultora da Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro (CEG). Lyra traçou um breve histórico do GNV no país: começou a ser utilizado por táxis em 1992 e em 1996 por carros particulares, mas só teve seu “boom” em 2006, com descontos aos preços do combustível. Mais tarde, os preços oscila- ram, e hoje o Brasil tem 2,2 milhões de veículos convertidos, e 59% no estado do Rio de Janeiro. Muitas são as razões do sucesso. O GNV apre- senta uma série de vantagens: é menos poluente, não pode ser adulterado (sendo, portanto, mais seguro) e rende 20% mais do que a gasolina e 50% mais do que o álcool. Mesmo com o preço da instalação do kit, na média de cinco mil reais, o retorno do investimento chega em 17,4 meses para o motorista que usa gasolina, e 17 meses no caso do etanol. A engenheira ainda apresentou as perspectivas futuras para o combustível. A importância do gás natural na matriz energética no mundo deve crescer nas próximas décadas, chegando a 21,2% de participação, em nível mundial, em 2030, segundo a Agência Inter- nacional de Energia. Também se acredita que o GNV vá permanecer com preços abaixo da gasolina, e isso, aliado a menor emissão de gases poluentes, deve favorecer sua preferência. “O GNV é uma tendência irreversível”, afirmou. DIRETORES DE ATIVIDADES TÉCNICAS: Artur Obino Neto; João Fernando Guimarães Tourinho; José Eduardo Pessoa de Andrade; Maria Alice Ibañez Duarte DIVISÕES TÉCNICAS ESPECIALIZADAS CIÊNCIA E TECNOLOGIA (DCTEC): Chefe: Alexandre Vacchiano de Almeida; Subchefe: Marcio Patusco Lana Lobo | CONSTRUÇÃO (DCO): Chefe: Rivamar da Costa Muniz; Subchefe: Abílio Borges | ELETRÔNICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (DETI): Chefe: Miguel Santos Leite Sampaio; Subchefe: Gilberto Paes França | ENERGIA (DEN): Chefe: James Bolivar Luna de Azevedo; Subchefe: Alcides Lyra Lopes | ENGENHARIA DE SEGURANÇA (DSG): Chefe: Ricardo de Noronha Viegas; Subchefe: Neilson Marino Ceia | ENGENHARIA DO AMBIENTE (DEA): Chefe: Paulo Murat de Sousa; Subchefe: Abílio Valério Tozini | ENGENHARIA ECONÔMICA (DEC): Chefe: Mauro de Souza Gomes; Subchefe: Paulo Tadeu Costa | ENGENHARIA INDUSTRIAL (DEI): Chefe: Luiz Antônio Fonseca Punaro Barata; Subchefe: Elinei Winston Silva | ENGENHARIA QUÍMICA (DTEQ): Chefe: José Eduardo Pessoa de Andrade; Subchefe: Simon Rosental | ESTRUTURAS (DES): Chefe: Robson Dutra da Veiga; Subchefe: Roberto Possollo Jerman | EXERCÍCIO PROFISSIONAL (DEP): Chefe: Jose Jorge da Silva Araujo; Subchefe: Bruno Silva Mendonça | FORMAÇÃO DO ENGENHEIRO (DFE): Chefe: Jorge Luiz Bitencourt da Rocha; Subchefe: José Brant de Campos | GEOTECNIA (DTG): Chefe: Manuel de Almeida Martins; Subchefe: Ian Schumann Marques Martins | MANUTENÇÃO (DMA): Chefe: José César da Silva Loroza; Subchefe: Carlos Alberto Barros Gutierrez | PETRÓLEO E GÁS (DPG): Chefe: Newton Tadachi Takashina; Subchefe: Irineu Soares | RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO (DRHS): Chefe: Jorge Luiz Paes Rios; Subchefe: Miguel Fernández Y Fernández | RECURSOS MINERAIS (DRM): Chefe: Marco Aurélio Lemos Latgé; Subchefe: Ana Maria Netto | RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS (DRNR): Chefe: Ibá dos Santos Silva; Subchefe: Arciley Alves Pinheiro | TRANSPORTE E LOGÍSTICA (DTRL): Chefe: Alcebíades Fonseca; Subchefe: Licínio Machado Rogério | URBANISMO E PLANEJAMENTO REGIONAL (DUR): Chefe: Uiara Martins de Carvalho; Subchefe: Guilherme Fonseca Cardoso 11