Jornal do Clube de Engenharia 592 (Julho de 2018) | Page 10
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Elevado do Joá: profissionais apresentam
detalhes construtivos
Compuseram a mesa de debate Rogério Dourado, Claudio Watanabe, o conselheiro Luiz Carneiro,
Wagner Viana e Bernardo Golebiowski.
O período de preparação do Rio
de Janeiro para os Jogos Olímpi-
cos de 2016 envolveu uma série de
grandes obras na cidade, tanto de
revitalização de espaços quanto de
aprimoramento de vias. Uma dessas
foi a duplicação do Elevado do Joá,
entre a zona sul e a Barra da Tijuca.
O desafio de realizar toda a obra
contratada, incluindo novos túneis,
viadutos e outras estruturas urbanas,
em 21 meses, foi exposto no painel
“Apresentação da obra do novo
elevado do Joá”, em 06 de junho, no
Clube de Engenharia. Participaram
os engenheiros Rogério Dourado,
gerente de Contrato do Empreen-
dimento (Odebrecht Engenharia
e Construção); Claudio Watanabe,
da Enescil; Bernardo Golebiowski,
da Sociedade de Estudos e Projetos
de Engenharia (SEPE); Jean Pierre
Ciríades, da AJRS Engenharia;
e Wagner Viana, responsável da
Qualidade (Odebrecht Engenharia
e Construção). O evento foi promo-
vido pela Diretoria de Atividades
Técnicas (DAT) e Divisão Técnica
de Construção (DCO).
Na apresentação, falou-se do desafio
de, em 21 meses, realizar o trata-
mento dos túneis existentes, cons-
trução dos túneis Joá II e Pepino II,
além de novo viaduto em São Con-
rado, novo Elevado das Bandeiras,
a Ponte da Joatinga, uma ciclovia,
um mirante e um deck, além da
iluminação pública, alargamento das
vias existentes e a urbanização do
trecho. Para além de todas as obras
já previamente planejadas, os profis-
sionais envolvidos ainda precisaram
lidar com imprevistos e mudanças
de métodos. “As detonações não
puderam prosseguir até o final da
obra e tivemos que adotar o uso de
corte a frio com fio diamantado, que
tem um custo bem mais elevado”,
comentou Jean Pierre Ciríades.
Leia mais no Portal do Clube de
Engenharia: http://bit.ly/Elevado-
Joá
Cresce o espaço da energia fotovoltaica no mundo
O engenheiro da EPE Gabriel Konzen
apresentou a situação atual e as perspectivas
para a energia solar fotovoltaica no país.
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Cada vez mais acessível, eficiente
e alvo de investimentos, a energia
solar fotovoltaica segue firme em
um caminho de crescimento. Estudo
da Bloomberg New Energy Finan-
ce, agência de pesquisa do ramo de
energia, mostrou que, em 2050, a
geração fotovoltaica corresponderá
a 33% da matriz elétrica mundial.
Para falar dessa importante fonte
energética no Brasil e no mundo,
a Divisão Técnica de Engenharia
do Ambiente (DEA) organizou o
evento “Energia Solar Fotovoltai-
ca: diagnóstico e perspectivas”. O
palestrante da noite foi o engenheiro
eletricista Gabriel Konzen, mestre
em Energia e especialista da Em-
presa de Pesquisa Energética (EPE).
O evento, realizado em 20 de junho,
teve promoção da Diretoria de Ati-
vidades Técnicas (DAT) e Divisão
Técnica de Engenharia do Ambien-
te (DEA), e contou com apoio das
divisões técnicas de Recursos Hídri-
cos e Saneamento (DRHS), Ciência
e Tecnologia (DCTEC), Recursos
Naturais Renováveis (DRNR),
Engenharia Econômica (DEC) e
Engenharia Química (DTEQ).
Principal fonte de energia em inves-
timentos hoje e uma das que mais
crescem no mundo – em 2016 foi a
fonte de energia com maior capa-
cidade instalada – a fonte também
vem ganhando espaço no Brasil.
Desde 2014 ela participa dos leilões
de energia, destacando-se ao lado
da eólica, fazendo frente às hidrelé-
tricas, cujos investimentos estão em
queda. No último leilão, o preço da
energia solar foi de aproximadamen-
te 35 dólares por MWh, sendo a
segunda mais barata, atrás da eólica.
Inovação tecnológica, acesso aos “se-
guidores solares” (placas que acom-
panham o movimento do sol) fazem
o mercado dessa matriz energética
crescer, mas o Brasil tem um atra-
tivo especial: o modelo de Geração
Distribuída nacional. “Isso criou um
ambiente extremamente favorável.
O Brasil tem hoje 30.500 sistemas
fotovoltaicos instalados, gerando
uma potência de 284 MW”, res-
saltou Gabriel Konzen. A palestra
completa de Konzen está disponível
em http://bit.ly/energiafot