Jornal do Clube de Engenharia 586 (Janeiro de 2018) | Page 9

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JANEIRO DE 2018
SAE

Perspectivas de mergulho nas Divisões Técnicas

Após fechar 2017 com importantes conquistas , a Secretaria de Apoio ao Estudante de Engenharia ( SAE ) se prepara para 2018 .
Na memória recente , o primeiro grande encontro de estudantes das engenharias do estado ; visitas técnicas a usinas nucleares e hidrelétrica , CEDAE e à Coppe ( Maglev ); numerosas palestras de conselheiros do Clube nas universidades e , entre muitas outras atividades , Grupo de Foguetes do Rio de Janeiro conquista pódio em encontro nacional . Nas expectativas para 2018 , otimização das atividades e maior participação no dia a dia do Clube , com prioridade para as Divisões Técnicas Especializadas ( DTEs ).
Uma das certezas da Secretaria de Apoio ao Estudante de Engenharia ( SAE ) para 2018 é a realização do Encontro Fluminense de Estudantes de Engenharia . Os organizadores do evento piloto , que atraiu 220 participantes , já começam a preparar o próximo , com uma antecedência maior do que em 2017 , para avançar na qualidade no conteúdo e na estrutura . Novas ideias de metodologia e operação surgem a cada reunião dos principais representantes da SAE nas universidades .
Um mar de conhecimento
Outro plano da Secretaria para 2018 é estreitar o contato com a sede social do Clube , inserindo mais os estudantes nas atividades da entidade para criar mais afinidade . “ Os estudantes só descobrem
mesmo o que é o Clube no dia em que pisam aqui ”, afirmou Tatiana Ferreira , recém-formada em Engenharia Civil pela Faculdade do Rio de Janeiro ( FRJ ) e representante da SAE na instituição . Também está entre os planos da SAE intensificar a promoção da Secretaria dentro das universidades . “ É importante que os estudantes saibam que o Clube existe e o mar de conhecimento oferecido , que muitos nem sabem onde buscar . E para os que estão saindo da universidade é o momento de ingressar nas Divisões Técnicas ”, comentou Tatiana .
Para o conselheiro Stelberto Soares , coordenador da SAE , a inserção dos estudantes nas Divisões Técnicas Especializadas ( DTEs ) é o ponto fundamental e deve ser feita de forma estratégica . Em reunião no dia 8 de dezembro de 2017 , os membros da SAE debateram o assunto e se comprometeram a estudar metodologias para identificar as divisões mais estratégicas para uma atuação eficiente . “ A divisão técnica precisa ter mais dinâmica para que nelas vocês possam influir ”, afirmou o coordenador . Na opinião de Lucas Getirana , graduando de Engenharia Ambiental na Universidade Federal Fluminense ( UFF ), um caminho possível é que as DTEs tenham reuniões temáticas previamente divulgadas para atrair os estudantes interessados . A atuação de cada estudante na respectiva DTE será acompanhada pelo grupo geral da SAE para avaliação do resultado .
Outra ideia apresentada em reunião por Lucas Getirana é a de uma ação
de fomento direcionada a startup e desenvolvimento tecnológico , estimulando os estudantes a criarem projetos originais de impacto na engenharia brasileira .
Em relação às visitas técnicas , o objetivo do grupo é estimular as visitas para universidades com campus mais distante do centro do Rio de Janeiro , de onde costumam sair os ônibus . Houve uma primeira experiência de sucesso , na qual estudantes do CEFET de Macaé utilizaram ônibus próprio para visitar a Central Nuclear em Angra dos Reis , sem precisar fazer o deslocamento dos estudantes até o Rio de Janeiro . A ideia é que a experiência possa ser repetida , por exemplo , pela Universidade Federal Fluminense ( UFF ) de Niterói .
Retrospectiva incentiva avanços
O final de 2017 foi marcado pela última visita técnica do ano às instalações da Companhia Estadual de Águas e Esgotos ( CEDAE ), com a visita de 40 estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro ( UERJ ) à estação de tratamento ETA Guandu e à Elevatória do Lameirão , em 12 de dezembro . Participaram graduandos das engenharias Civil , Ambiental , Mecânica e Elétrica , além de mestrandos em Engenharia Ambiental .
Segundo Gustavo Ferreira , estudante de Engenharia Civil com ênfase em Engenharia Sanitária , a visita foi muito proveitosa , em especial em relação à qualidade da informação , com verdadeiras aulas
teóricas e práticas . A equipe da CEDAE apresentou a história da ETA e as principais informações de funcionamento da estação de tratamento e de abastecimento do Rio de Janeiro , esclarecendo as dúvidas dos visitantes . Na prática , o grupo conheceu os tanques da estação e compreendeu cada etapa do tratamento realizado .
Na Elevatória do Lameirão , os estudantes da UERJ tiveram a oportunidade de ver de perto o processo de bombeamento da água captada em Nova Iguaçu , na ETA Guandu , para chegar tratada na Gávea por um túnel de 32 quilômetros . “ Foi impactante ver o sistema de bombas , a operação e a quantidade de água que leva para abastecimento , sendo um projeto da década de 60 , que para a época certamente foi muito surpreendente , além de ser a maior elevatória subterrânea de água tratada do mundo ”, comemorou Gustavo .
Academicamente , estações de tratamento não eram novidade para Gustavo Ferreira : na universidade os estudantes compreendem o processo e até fazem projetos de estações de tratamento . Mas é na visita , com a real dimensão do empreendimento , que tudo se torna mais realista : “ Na visita é possível visualizar aquilo que já foi visto em sala de aula , e até começar a pensar como os processos poderiam melhorar . A união da sala de aula com a prática tem esse lado bom de gerar mais ideias e melhorar o aprendizado ”, afirmou .

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