Jornal do Clube de Engenharia 586 (Janeiro de 2018) | Page 12

www.clubedeengenharia.org.br SISTEMA CONFEA/CREA Joel Krüger assume a presidência do Confea. Para a engenharia nacional, 2018 começa com um cenário de mudanças a partir das eleições do sistema Confea/Crea. Após o pleito, que ocorreu em 15 de dezembro, em âmbito nacional assume a presidência do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) o paranaense Joel Krüger, com as propostas, entre outras, de “atuar com equidade, harmonia e respeito no relacionamento com os Creas; defender a soberania, o capital tecnológico e as empresas nacionais, posicionando publicamente o entendimento do Confea em relação a temas nacionais e internacionais que envolvem as engenharias, a agronomia, as geociências e as profissões tecnológicas e técnicas”. Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná, especialista em Gestão Técnica do Meio Urbano pelo convênio Université de Technologie de Compiegne (França) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Joel Krüger foi presidente do Crea-PR, em mandatos consecutivos desde 2012. Tomou posse no Confea em 16 de janeiro, com a perspectiva de uma gestão que respeite e fortaleça as ações do Plenário e das Comissões Regimentais do Confea, fomentando o alinhamento dos normativos legais às expectativas e necessidades das profissões e dos profissionais”. isso mude é preciso fazer campanha mostrando a importância do Crea para o profissional. E temos que dar o primeiro passo. Mostrar as mudanças em andamento. O conceito precisa ser diferente daquele já tentado: nós não devemos tentar aproximar o profissional ao Crea, e sim aproximar o Crea do profissional”, destaca Cosenza. Foco nas ações Também no Rio, o Engenheiro Eletricista Luiz Felipe Pupe de Miranda foi eleito Diretor Geral da Mútua/Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA. Segundo ele, a vitória veio graças ao apoio de grandes instituições que confiaram no seu trabalho. “Tivemos o apoio de três importantes entidades: Clube de Engenharia, Seaerj e Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro, que foram fundamentais para essa vitória, que é nossa”, destacou. Pupe avalia que, No Rio de Janeiro, a presidência do Crea-RJ foi confiada ao Engenheiro Eletricista e de Segurança do Trabalho Luiz Antonio Cosenza, conselheiro do Clube de Engenharia, que assume com a determinação de “lutar de forma incansável pelos profissionais e pelas empresas nacionais”. Cosenza foi presidente da Companhia Estadual de Engenharia de Transporte e Logística – Central; diretor da Companhia Fluminense de Trens Urbanos – Flumitrens; e ocupou, entre outros cargos, a diretoria de planejamento e a diretoria técnica da Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU, empresa vinculada ao Ministério das Cidades. Tem histórico reconhecido junto às entidades de classe. Cosenza assume com planos de reformulação e de reconquista dos profissionais do sistema. “O profissional olha o Crea- RJ somente como um órgão fiscalizador, arrecadador. Para que Clube de Engenharia Fundado em 24 de dezembro de 1880 [email protected] [email protected] www.clubedeengenharia.org.br 12 Expectativa de mudanças para profissionais e empresas Para o Crea-RJ foi eleito Luiz Cosenza. mais do que nunca, em meio a uma crise, o papel da Mútua é claro e deve ser reforçado. “A Mútua está à disposição de toda a classe. Ela SEDE SOCIAL Edifício Edison Passos - Av. Rio Branco, 124 CEP 20040-001 - Rio de Janeiro Tel.: (21) 2178-9200 Fax: (21) 2178-9237 tem um trabalho social importante, principalmente na situação atual da engenharia, com muitas demandas dos profissionais”, finalizou. Momento crítico A reversão do estado atual da engenharia nacional é pauta prioritária dos três dirigentes. Em ano eleitoral com futuro ainda incerto e em meio a uma crise que abala toda a sociedade, mas que tem efeito especialmente severo na engenharia nacional, a luta exige união de forças. “É um ano complicado, mas nós vamos trabalhar nessa direção. Temos que reverter de alguma maneira essa situação de desmonte da engenharia brasileira. A engenharia pública, que carrega esse país há muitos anos, vem sendo terceirizada”, lamenta Pupe. Cosenza destaca a importância em se contextualizar o que vem acontecendo e tomar medidas imediatas. “Não está em debate se devem ou não ser punidos aqueles que praticaram crimes. O que ocorreu é que o judiciário extrapolou e acabou destruindo as empresas de engenharia que garantiam a mão de obra e os empregos de muitos no país”. O desemprego e as dificuldades que costumam vir a reboque também foram destacados pelo presidente. “Temos 45