Jornal do Clube de Engenharia 583 (Outubro de 2017) | Page 10

www.clubedeengenharia.org.br Região Metropolitana: especialistas debatem desafios e perspectivas Há pelo menos 20 anos tenta-se implementar a gestão compartilhada da Região Metropolitana, conside- rando as questões que envolvem os 21 municípios, como transporte e saneamento. Para debater as ferra- mentas e instituições com esse obje- tivo, o Clube de Engenharia sediou, em 19 de setembro, o evento “Reto- mada do planejamento metropolita- no no Rio de Janeiro: possibilidades e limitações”. O debate contou com a participação dos arquitetos Kelson Senra, membro da Coordenação Técnica do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e Sydnei Menezes como Da esquerda para a direita: Kelson Senra, Luiz Edmundo Horta, a conselheira Katia Farah, Sidney Menezes e Paulo Saad. expositores. Na coordenação, o engenheiro e conselheiro do Clube Luiz Edmundo Horta Barbosa, e, como debatedor, o arquiteto e urba- Acidente em Porto de Santana, no Amapá, gera debate O desabamento de um píer flutuan- te em Porto de Santana, no Ama- pá, em 2013, ainda gera polêmica. Geólogos, engenheiros e outros especialistas discutem as causas do acidente e como evitar que aconteça fato parecido em outros portos de geologia semelhante. “Estabilidade de solos moles e o acidente do Porto de Santana no Amapá” foi palestra no Clube de Engenharia em 20 de setembro, com o engenheiro civil e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Marcus Pacheco. A promoção foi da Diretoria de Atividades Técnicas (DAT), Divisão Técnica de Geotec- nia (DTG) e da Associação Brasi- leira de Mecânica dos Solos e En- genharia Geotécnica (ABMS-Rio), com apoio da Divisão Técnica de Construção (DCO). Para Marchus 10 Pacheco, o desabamento que levou 30 mil m³ de solo para o interior do Rio Amazonas, além de 20 mil to- neladas de minério, tem suas causas relacionadas à composição da argila do porto, de deposição fluvial e de pH ácido. Estas são características que foram questionadas, em debate, por outros profissionais presentes, como o professor Alberto Sayão, da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio). Outra discordância está em relação ao lado do talude onde começou o desabamento: segundo Pacheco, originou-se no lado leste, mas a afirmação foi contestada pelo professor Willy Lacerda. Saiba mais sobre a palestra e assista o vídeo na íntegra no Portal do Clube de Engenharia: bit.ly/portodesantana nista Paulo Saad. Alguns dos pontos abordados foram as potencialidades e limitações de órgãos como a Câ- mara Metropolitana e instrumentos como o Plano Estratégico em de- senvolvimento pela Câmara, assim como a necessidade de colaboração dos prefeitos e vereadores nesse processo. O debate foi promovido pela Diretoria de Atividades Técni- cas (DAT) e pela Divisão Técnica de Engenharia Econômica (DEC), chefiada pela conselheira Katia Farah, com o apoio da Divisão Téc- nica de Urbanismo e Planejamento Regional (DUR) e da Associação Brasileira de Engenheiras e Arqui- tetas (ABEA) Nacional e Núcleo Rio de Janeiro. Saiba mais no Portal do Clube de Engenharia: bit.ly/regmetropolitana Recursos minerais: Rio de Janeiro conta com novo mapa geológico Geólogos, estudantes, pesquisadores e outros interessados nos recursos minerais contam com uma nova ferramenta: o Mapa Geológico e de Recursos Minerais, do estado do Rio de Janeiro, de 2016, lançado recentemente. Segundo Miguel Tupinambá, geólogo e Professor Associado da Faculdade de Geologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), responsável pelo projeto, o documento se apresenta como uma oportunidade de encontrar bens minerais no estado, sejam metais ou minerais industriais. No evento “Mapa geológico do estado do Rio de Janeiro - a evolução do conhecimento de geologia do Rio de Janeiro através dos serviços geológicos e universidades”, realizado em 12 de setembro no Clube de Engenharia, o palestrante traçou o histórico da produção de mapas geológicos do Rio de Janeiro, desde 1957, comentando os impactos de novas técnicas e tecnologias. Destacou, ainda, a parceria de sucesso que gerou o mapa de 2016, uma união da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) com a UERJ. O evento foi promovido pela Diretoria de Atividades Técnicas (DAT), Divisão Técnica de Recursos Minerais (DRM) e Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM-RJ), com apoio da Sociedade Brasileira de Geologia (SGB Núcleo RJ/ES). Leia a matéria completa aqui: bit.ly/mapasgeologicos