Jornal do Clube de Engenharia 571 (Outubro de 2016) | Page 11
O auditório do 22º andar do Clube
de Engenharia lotou, no dia 21 de
setembro, com a palestra “Fundações:
relação entre projeto, execução e
controles”, de Fernando Danziger.
Estudantes, professores e engenheiros
dividiram conhecimentos
relacionados à Geotecnia e fundações
aplicadas à Engenharia Civil,
abrangendo tanto aspectos técnicos
quanto profissionais.
O professor da COPPE/UFRJ e
engenheiro civil especializado em
Mecânica dos Solos criticou alguns
maus hábitos da Engenharia Civil
hoje. Um deles é o de economizar
em investigação geotécnica e
projetos, que devem ser feitos
com tempo e dedicação. Outra
crítica foi a falta de acesso, dos
engenheiros, às especificações do
local a partir dos projetistas. É
preciso haver colaboração: “Quanto
mais o projetista entender de obra
e o engenheiro de obra entender
de projeto, melhor vai ser para
todo mundo”, afirmou. Aos jovens
profissionais fez um apelo: não
aceitem realizar empreendimentos em
más condições, sejam elas financeiras,
de prazo curto etc. E lembrou que é
Foto: Fernando Alvim
Modernização e
Estruturas mistas
atualização necessárias ontem e hoje
na Geotecnia
Fernando Danziger, engenheiro civil
especializado em Mecânica dos Solos e professor
da COPPE/UFRJ
preciso adaptar as metodologias de
trabalho aos novos equipamentos e
materiais utilizados em obras.
Atualização das normas brasileiras
e dos profissionais a respeito das
novas técnicas também foi apontado
como urgente pelo professor. Um
exemplo citado por Danziger são
os equipamentos de sondagens à
percussão automatizados, que têm
diferenças conceituais em relação aos
manuais, ainda muito utilizados no
Brasil, e que, portanto, podem dar
resultados diferentes nos ensaios.
Foi a 12ª palestra Milton Vargas da
Associação Brasileira de Mecânica
dos Solos e Engenharia Geotécnica
(ABMS). Leia mais no Portal do
Clube de Engenharia em https://
goo.gl/H9pG3F
A história da Construção Civil
no Brasil viu nascer outra era
com a construção de Brasília. Não
eram apenas os traços inovadores
que compunham o movimento
que despontava, mas os materiais
usados. Ao mesmo tempo em que
o concreto armado se estabelecia
definitivamente, o país carecia
de infraestrutura. A Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN)
não era suficiente para criar uma
demanda de aço na construção,
deixando o Brasil em atraso no uso
de estruturas metálicas mistas, que
só agora começam a se estabelecer.
Essa história e as vantagens do uso
de estruturas mistas de aço foram
apresentadas por Marcos Alberto
Ferreira da Silva, engenheiro civil,
mestre em Construção Civil e
especialista em Engenharia de
Estruturas, em palestra no Clube de
Engenharia dia 22 de setembro.
Marcos Ferreira fez um apanhado
histórico, desde que a resistência
ao calor motivou o surgimento
das estruturas mistas, nos Estados
Unidos. Quando o país utilizava
muito a estrutura metálica, os
incêndios eram uma preocupação,
de modo que se adicionou concreto.
O resultado foi uma estrutura mais
rígida e resistente. As soluções de
Infraero: integração regional
Em um país com as dimensões
do Brasil, desenvolver a aviação
doméstica é promover a interiorização
e a integração regional. Esse é
o foco da Empresa Brasileira
de Infraestrutura Aeroportuária
(Infraero), que pretende, em um
futuro não muito distante, fazer
com que haja uma pista de pouso/
aeroporto a cada 100 quilômetros.
A meta está entre as muitas
transformações do setor que constam
do Plano Estratégico da empresa.
Segundo Ricardo Alexandre Gois
Ferreira, assessor da Diretoria de
Engenharia e Meio Ambiente da
Infraero, estudos com base em custo/
benefício, obedecendo a critérios
técnicos e vetores de desenvolvimento,
estão em andamento. Os planos da
empresa foram os temas centrais
Marcos Alberto Ferreira da Silva, engenheiro
civil, mestre em construção civil e especialista
em Engenharia de Estruturas
aço e concreto são oferecidas em
formas pré-fabricadas, as quais
acredita o especialista, estão numa
perspectiva próxima de serem
adotadas mais frequentemente
no Brasil: “Com certeza, o préfabricado de concreto e a estrutura
metálica são o futuro da construção
no país”, afirmou.
O evento foi realizado pelo Instituto
Brasileiro de Educação Continuada
(INBEC) e promovido pela
Diretoria de Atividades Técnicas
(DAT) e a Divisão Técnica de
Estruturas (DES), com apoio da
Universidade Paulista (UNIP PósGraduação), Clube de Engenharia e
Centro Brasileiro de Construção em
Aço (CBCA).
Para ler a cobertura completa, visite
o Portal do Clube de Engenharia
em https://goo.gl/H0YggL
da palestra que realizou, no Clube
de Engenharia, em 14 de setembro,
a convite da Divisão Técnica
Especializada de Transporte e
Logística (DTRL). Segunda maior
operadora do mundo, com 60
aeroportos públicos no país, a Infraero
trabalha em 270 aeroportos. Para ler
a cobertura completa (texto e vídeo)
visite o Portal do Clube de Engenharia
em https://goo.gl/vkSKRd
Foto: Fernando Alvim
OUTUBRO DE 2016