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ECONOMIA
5 Razões para Praticar a
Educação Financeira com os Filhos
A
educação financeira no Brasil foi
bastante ampliada nos últimos anos,
mas ainda tem uma penetração tímida quando comparada à de países como
Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
O governo federal brasileiro lançou a Estratégia Nacional de Educação Financeira
(ENEF) apenas em 2010. Ainda é um assunto pouco presente nas escolas, todavia uma
pesquisa realizada pelo SPC Brasil e divulgada em março deste ano concluiu que já
é significativo o número de lares que tratam de assuntos financeiros com os filhos
(69%).
O fato é que as pessoas com mais de 40
anos cresceram num período de inflação
altíssima, quando não fazia muito sentido o
planejamento financeiro de médio e longo
prazo. Naquele período, a incerteza sobre
os rumos da economia do país era enorme,
o que impedia as pessoas de projetarem
valores para o futuro.
Por isso, muitos pais de hoje não possuem
a cultura do planejamento financeiro e isso
dificulta desenvolver uma conversa sobre
assuntos financeiros com os filhos. Mesmo com ressalvas, a conjuntura econômica
nos permite fazer planos e demanda que
orientemos nossos filhos em relação ao dinheiro. Nesse texto você encontrará cinco
razões para você conversar com os filhos
sobre as finanças pessoais e praticar a educação financeira:
1. A educação financeira é pouco (ou quase nada) ensinada nas escolas. A maioria
das escolas não disponibiliza educação
financeira em seus currículos. Assim, o
melhor é que os pais conversem sobre finanças com os filhos. O ideal é começar
cedo, antes dos cinco anos, pois, segundo
a educadora financeira Cássia D’ Aquino, é
até esta idade que construímos as bases da
nossa relação com o dinheiro.
Grande parte dos pais não se sente à vontade para falar sobre dinheiro com os filhos,
pois são inseguros com seus próprios comportamentos em relação às suas situações
financeiras. Entretanto, não é preciso ser
um mestre em finanças para passar conhecimentos básicos para crianças. A tarefa
deve ser leve e envolvente, caso contrário
se torna chata e pode acabar diminuindo o
interesse da criança.
2. Os filhos precisam entender que dinhei-
ro não nasce em árvore.
As crianças precisam desde cedo aprender
que dinheiro é finito. Precisam compreender que o cartão de crédito e o caixa eletrônico não permitem ter acesso a quanto
dinheiro eles quiserem e que é preciso trabalhar para ter recursos financeiros.
Dar mesada é um assunto controverso entre os especialistas. Alguns dizem que é
válido, pois ensina as crianças a planejar
o uso do dinheiro, enquanto outros argumentam que o melhor é remunerar a criança ou adolescente por tarefas, assim vão
exemplo, o ingresso de um show, um jogo
ou um vídeo game.
Porém, os pais devem ficar atentos a dois
pontos:
• Não adianta nada incentivar a criança a
economizar para adquirir o que deseja se
este comportamento não é praticado na
família;
• Os pais devem prestar atenção se os tios
ou avós facilitam a vida das crianças.
Aliás, envolver toda a família nesta tarefa
também é importante. Eles precisam, pelo
menos, conhecer as suas iniciativas para
aprender o seu valor.
A grande questão é que o que for combinado deve ser mantido e os pagamentos realizados sempre na data combinada. Outro
ponto que os pais devem estar atentos é
que os valores pagos precisam ser compatíveis com a idade da criança.
3. Aprender a planejar é fundamental
As crianças devem aprender que a compra
de objetos de mais alto valor precisa ser
planejada. Uma boa maneira de ensinar
isso é env