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Os lipídeos fornecem energia, sendo degradadas nas células durante a respiração celular, precedem os hormônios, auxiliam na absorção e no transporte das vitaminas lipossolúveis. Os lipídeos podem ser sólidos ou líquidos, sendo que os lipídeos considerados gorduras têm origem animal e são sólidos enquanto que as gorduras líquidas são conhecidas como óleos, e têm origem vegetal.

As proteínas, classificadas como simples ou complexas, são componentes primordiais das células vivas e são resultantes da condensação de aminoácidos. Os exemplos mais conhecidos são as enzimas, que transforma o nosso alimento em nutrientes; anticorpos, que fazem a proteção do nosso corpo; hormônios peptídeos, que comandam as atividades continuas do organismo. Entre todos os aminoácidos, dez são considerados essenciais, estes são aqueles que não são sintetizados pelo nosso organismo.

As vitaminas nada mais são que nutrientes que o nosso corpo precisa e, em alguns casos, produz. Elas se classificam como lipossolúveis (Vitamina A (Retinol), Vitamina D, Vitamina E, Vitamina K) e hidrossolúveis (Vitamina B1, Vitamina B2, Vitamina B3, Vitamina B5, Vitamina B6, Vitamina B9, Vitamina B12, Vitamina C), tendo todas funções diferenciadas no nosso metabolismo. Por exemplo, a Vitamina D auxilia no metabolismo e na absorção do cálcio e fósforo, consequentemente, ajudando na formação dos dentes

Minerais atuam na regulação do metabolismo enzimático, manutenção do metabolismo ácido-básico, irritabilidade muscular e pressão osmótica, transferência de compostos pelas membranas celulares e composição de tecidos orgânicos. São classificados em eletrólitos (Sódio, potássio, cloro), macronutrientes (Cálcio, magnésio, fósforo, enxofre), micronutrientes (Ferro, zinco, cromo, manganês, iodo) e elementos ultratraços (Flúor), que tem funções distintas. O sódio, por exemplo, é essencial para a manutenção da pressão osmótica do sangue, plasma e fluidos extracelulares; o cálcio no processo de coagulação sanguíneas e transmissão dos tecidos nervosos; ferro, importante para a formação das hemácias, para o transporte de CO2; o flúor previne as caries dentarias e ajuda na administração de cálcio nos ossos.

Entrevistador: Existe alguma diferença entre os anabolizantes injetados no músculo e o que é utilizado com a ingestão de alimento?

Wagner: Sim. O anabolizante injetado diretamente no músculo vai trabalhar alterando, diretamente, o metabolismo da pessoa, além de ter um resultado muito mais rápido no corpo. Existem variados tipos de esteroide anabolizantes, alguns aumentam a capacidade cardiorrespiratória, outros a massa muscular, entretanto, em um modo geral ele age alterando o metabolismo e a parte fisiológica. Aquele utilizado durante na ingestão de alimentos, ele vai estar no trato sanguíneo, por consequência de estar presente no alimento, que mais tarde vai passar pelo processo digestivo.

Entrevistador: Como vai ocorrer a eliminação desse esteroide anabolizante do corpo da pessoa?

Wagner: O esteroide anabolizante injetado no músculo, vai demorar muito mais tempo para ocorrer a total eliminação, será lenta e irá depender da quantidade injetada no organismo, justamente por essa substância se encontrar no metabolismo. E aquele que será ingerido com o alimento, haverá uma eliminação mais rápida e eficiente, por exemplo, através das fezes e da urina

Entrevistador: Seria possível ter os mesmos resultados laboratoriais de uma pessoa que usa anabolizantes com a ingestão de alimentos?

Wagner: Não, com certeza haverá uma grande discrepância entre os dois resultados. Como já falado, o esteroide anabolizante será eliminado lentamente, será um processo demorado e por isso as ações dele no organismo se manterá por mais tempo; e o que é utilizado no alimento será eliminado rapidamente, de formas variadas, e terá um efeito menos duradouro.

Autores: Vitória, Isabela, Carolina

6 Doping/Novembro 2016