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Petrúcio Ferreira: recordista e medalhista paralímpico do Brasil

As paralimpíadas são a oportunidade para que atletas com deficiências físicas ou sensoriais que têm um desempenho extraordinário no seu esporte possam mostrar suas habilidades e competir com seus peers.

Petrúcio Ferreira, paratleta brasileiro que competiu nos 100 metros T47 (amputados) das Paraolimpíadas Rio 2016 impressionou quando não apenas quebrou o próprio recorde mundial (de 10s67 para 10s57) como também ganhou a medalha de ouro na modalidade, competindo contra os paratletas Yohansson Nascimento (também brasileiro) e Michal Derus (polonês).

Petrúcio quase não competiu devido à problemas com o Comitê Paralímpico Brasileiro relacionados ao doping

Antes das competições, exames para assegurar que os atletas não estão usando de meios proibidos para ter melhores desempenhos nas atividades são realizados. No entanto, Petrúcio, por três vezes consecutivas, não foi localizado para a realização destes exames. Com um sistema chamado ADAMS, os atletas devem preencher um formulário, informando o seu calendário de eventos, e a sua localização por uma hora, para a realização dos exames. Quando o atleta não pode ser localizado, ele recebe uma advertência, e quando ele recebe três advertências em um período de 12 meses, ele automaticamente quebra as regras antidopagem.

Felizmente, Petrúcio foi julgado e absolvido, podendo, assim, participar da paralimpíada.

Autores: Carolina, Guilherme Carvalho, Mariana Schacherslehner e Victor

44 Doping/Novembro 2016