* Judô;
* Natação;
* Remo, abrangendo diferentes recortes atléticos;
* Rugby de cadeira de rodas;
* Tênis de mesa;
* Tênis de cadeira de rodas;
* Tiro com arco e tiro esportivo;
* Vela;
* Voleibol sentado.
Ainda que a variedade esportiva contemple as diferentes dificuldades enfrentadas por esses competidores, isso nem sempre foi a linha de regra do evento. A expansão efetiva das demais categorias de deficiência iniciou somente em 1976 – dezesseis anos após a primeira edição dos Jogos Paraolímpicos. Nesse período, houve a inclusão de deficientes visuais e amputados ao programa esportivo, sabendo-se que, até 1972, os jogos eram restritos à paraplégicos. A participação de portadores de paralisia cerebral, do grupo “les outres” e de deficientes intelectuais só ocorreu nos anos de 1980, 1988 e 1996, respectivamente.
O Brasil o Esporte Paraolímpico
O Brasil principiou no âmbito paraolímpico a partir da década de 1950, devido aos esforços do atleta Robson de Almeida Sampaio e do esportista Sérgio Delgrande. Ambos paraplégicos, fundaram clubes que promoviam a inclusão de deficientes ao mundo do desporto – ação que resultou no surgimento de associações de atletas deficientes e, posteriormente, no envio de uma pequena delegação aos Jogos Paraolímpicos de 1972. O grupo pioneiro era composto por 14 competidores de três modalidades distintas.
Eis que, em 1976, surge a primeira medalha brasileira. Fruto dos esforços dos atletas Luiz Carlos Costa e Robson Almeida – o mesmo que iniciou os caminhos do país no esporte paraolímpico -, a prata foi conquistada na modalidade “Iawn bowls”, isto é, uma espécie de bocha. Não obstante, foi após 1984 que o país repercutiu em seus ganhos, obtendo sete ouros, dezessete pratas e quatro bronzes.
Muito bem representado, o Brasil conta com nomes imponentes dentre diversos esportes do meio paraolímpico. A atleta Ádria Rocha dos Santos, por exemplo, tornou-se a maior velocista cega do mundo ao obter seu quarto ouro nos Jogos de Atenas – 2004, contabilizando um total de dez medalhas em seu histórico.
Política Antidopagem
Bem como nos Jogos Olímpicos, as Paraolimpíadas contam com estratégias para combater a presença dos métodos de doping no esporte. Órgãos como o Comitê Paralímpico Internacional e a Agência Mundial Antidoping (WADA – AMA) são responsáveis por fiscalizar e realizar testes que identifiquem substancias proibidas no organismo de atletas.
Fundada em 1999, a WADA constitui uma agência independente que promove igualdade no movimento esportivo. É concernente à sua função, dentre outros deveres, desenvolver formas de suprimir as práticas de doping e monitorar o “World Anti Doping Code”.
Por conseguinte, o Código Mundial Antidoping visa uniformizar os meios técnicos de diferentes organizações que combatem a dopagem, assim compondo um dos cinco pilares das Diretrizes Internacionais (International Standards): Lista de Substâncias Proibidas (Prohibited List), Testes e Investigações (Testing and Investigations), Laboratórios (Laboratories), Uso Terapêutico (TUEs) e Proteção da Privacidade e Informações Pessoais (Protections of Privacy and Personal Information).
A formulação de tal documento é um ganho relevante à ética no esporte, ademais à fundamentação das normas antidoping. Em especial, a Lista de Substâncias Proibidas – atualizada anualmente pela agência – traz informações acerca de compostos e métodos cuja presença é ilícita dentre, ou fora, as competições.
38 Doping/Novembro 2016