Jorge Conde - Bases Programáticas da Candidatura a Presidente do IPC 1 | Page 9
2. Enquadramento institucional
O Politécnico de Coimbra (IPC) é uma das maiores instituições do sub-sistema do Ensino
Superior Politécnico. Estando no fim de um ciclo, a instituição atravessa um momento de
apatia, que vem agravar a “sua já habitual passividade”, fruto da sua construção e
funcionamento, que não permitiu até hoje a criação de uma marca global, mais forte e visível
que as marcas das escolas de per si.
Acreditamos que chegou a altura de escolher uma liderança, capaz de criar uma dinâmica,
para juntos construirmos mais IPC. Juntos construímos mais saber, mais investigação, mais
qualidade de ensino, melhores condições de trabalho e de estudo. Juntos construímos
melhores profissionais, porque faremos melhor ensino.
O Politécnico de Coimbra pode e deve ser uma instituição de prestígio, reconhecida pelos
pares, pela sociedade científica e tecnológica que o envolve, pela região e pelo País. Juntos
construímos um reconhecimento internacional, fazendo a ponte entre a Europa e a Lusofonia;
procuraremos um papel ativo no mundo Ibero-Americano e queremos ligar-nos às
comunidades da diáspora Portuguesa.
Juntos construímos projetos que à partida parecem utopias. Será utopia afirmar que
acreditamos que o Politécnico de Coimbra pode recrutar os melhores estudantes, pode
demonstrar a qualidade do seu corpo docente e de investigadores, e pode ter no corpo não
docente, a mais valia de se focar na resolução de problemas de quem nos procura?
Provavelmente será. Mas é a utopia que nos faz progredir e desenvolver. Podemos e
queremos afirmar o Politécnico de Coimbra como uma das melhores instituições do ensino
superior português e claro como o melhor dos Politécnicos.
Claro que não é fácil, mas os caminhos fáceis normalmente levam a lado nenhum. A região
onde nos encontramos, debilitada do ponto de vista demográfico, tem feito diminuir os
candidatos ao ensino superior e consequentemente os alunos do Politécnico de Coimbra. A
situação económica do país, que dificulta a deslocação de alunos para fora da sua região
residencial, agrava a escassez de alunos que procuram a nossa instituição. A Cidade, é um
paradoxo: se por um lado perdeu nos últimos 30 anos grande parte da sua importância política
e social, por outro lado mantém a mística e a tradição de cidade académica. Se a ausência de
emprego e a fixação pós-curso pode ser prejudicial à captação, Coimbra mantém o encanto
de aqui se estudar e é por aí que teremos de trabalhar.
9