Jorge Conde - Bases Programáticas da Candidatura a Presidente do IPC 1 | Page 11

esperado que tal deixe de acontecer no curto prazo, especialmente no ensino politécnico onde a maioria das lideranças fragilizadas pela falta de alunos, continuam a não ser afirmativas perante o governo( este, ou os que o antecederam).
No Politécnico de Coimbra reagimos mal e compassivamente a este crise. Não fomos capazes de nos tornar parceiros da região, nomeadamente não conseguimos negociar, nem produzir para empresas, para as autarquias, para os organismos oficiais que poderiam ser nossos clientes. Claro que houve exceções, mas o volume de negócios é residual e despiciente para a dimensão da instituição.
Não fomos capazes de nos afirmar como parceiros dos grandes projetos da região e fomos sistematicamente ignorados pela Universidade de Coimbra e pela Câmara Municipal de Coimbra, assim como por quase todas as instituições de relevo local e regional. Passamos despercebidos no contexto nacional e numa cidade em que nos últimos dois anos, Presidente da República e Primeiro Ministro a visitaram por diversas vezes a cidade, o Politécnico ficou fora desses eventos.
Não nos posicionamos como parceiro estratégico das instituições regionais; o país não nos facilita a visibilidade como instituição de ensino de dimensão nacional( por um lado há demasiadas instituições no país, por outro o ensino politécnico está conotado com o cariz regional que impulsionou a sua criação há 30 anos) e no plano internacional ignoramos o trabalho de nos aliarmos a redes, para investigar, para trabalharmos em projetos que nos levassem a outras partes e atividades no mundo. A título de exemplo, muitas instituições de ensino pelo mundo( Portugal incluído) usam o financiamento do FMI e do Banco Mundial para participar em projetos nos países em desenvolvimento, o que lhes traz uma visibilidade social, importante para a captação de alunos e não só.
Sabemos todos, que o Politécnico de Coimbra não tem tido e não terá uma vida fácil, mas é possível potenciar sinergias à nossa volta e aproveitar a mais-valia que o nome“ Coimbra” nos proporciona se soubermos trabalhar juntos.
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