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pela região das pradarias em
torno da usina. Um relato
semelhante foi contado para a
jovem Galina Poteenko pelo seu
tio, o qual trabalhou como
Likvidátori (Liquidador), termo
dado aos 600 mil homens que
trabalharam dentro da região
contaminada. Foram eles que
combateram
os
incêndios,
realizaram
tarefas
de
descontaminação e de limpeza.
Além de perdas dos entes
queridos, o acidente em
Chernobyl também ceifou o
lugar no qual as pessoas
cresceram
e
cultivaram
lembranças. Um lugar onde as
crianças brincavam e se sentiam
seguras. E todos os relatos do
livro permeiam a saudade da
terra onde nunca mais puderam
voltar. Sentem-se refugiados,
Cmus: saiba mais
mesmo durante os anos que se
passaram. Falam das aldeias
(vilarejos) nas quais viviam e do
sofrimento, principalmente dos
idosos,
que
tiveram
de
abandonar
suas
terras.
Recebiam cartas com relatos de
como
as
aldeias
foram
destruídas e transformadas em
meras colinas .
É imprescindível que se note o
quão importante são as falas e
textos de quem passou e ainda
passa pelo drama decorrente de
Chernobyl. São as dores de
quem urge para que uma
tragédia não seja esquecida ou
ignorada, por não se tratar de
uma realidade tão distante de
outros lugares do mundo, como
se
pode
pensar.
São
demonstrações vivas do medo
de que outra usina nuclear
apresente problemas, como no
Japão, ou de que algum lixo
tóxico hospitalar possa causar
tanto estrago como em Goiânia,
no Brasil.
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