INTERPRESS (Maio, 2015) | Page 22

Interpress Urbanismo A ocupação e o planejamento do espaço no território cipriota são consequências da história do país em diversos sentidos. As marcas do colonialismo britânico, com escolas construídas pelos cipriotas gregos – enfatizando a arquitetura clássica, que se destaca, ainda, pela realização de apresentações teatrais e musicais, anfiteatros com arquitetura semelhante à dos gregos e pela presença de templos bizantinos e de homenagem à deusa grega Afrodite – ainda estão presentes e os conflitos étnicos estão simbolizados pelo monumento do arcebispo Makarios III (página seguinte), presidente do Chipre entre 1960 e 1977, pelo Monumento da Liberdade, que CSNUH: saiba mais representa a luta da Organização Nacional de Combatentes Cipriotas (EOKA) contra o colonialismo: a liberdade, simbolizada por uma mulher, liberta da prisão os cipriotas gregos (veja abaixo), além do monumento homenageando Ataturk, fundador da Turquia (página seguinte). Assim como ocorre em diversos palcos de conflitos, o uso de espaço se adaptou às tensões no Chipre: as famílias migraram para os centros urbanos, tornando o planejamento do espaço muito difícil, fazendo com que a ocupação seja desordenada no país. sistemas, principalmente: echos e makam, bizantino e turco, respectivamente, que definem ritmos, métricas, regras, melodias e classificações melódicas e intervalares das músicas. Os dois sistemas usam o violino como instrumento principal e, no Chipre, esse instrumento é acompanhado do alaúde para os que sofreram influência helênica e do oud pelos influenciados pelos turcos. Um dos artistas que seguiu a onda de 1970 de fusão da música popular cipriota com a tradicional foi Michael Violaris. >>> Música A música cipriota, no que diz respeito às influências gregas e turcas, é baseada em dois 22