o conflito étnico e a cultura
Por Mariana Abreu
Mais que um território
conflituoso, o Chipre tem
riquezas
culturais
muito
particulares, que somam a
cultura local às influências
gregas e turcas, provenientes
dos anos de convivência
proporcionados pelos conflitos
e ocupações que o país viveu.
Identidade
Até aproximadamente os
séculos XIX e XX, a cultura
da região do Chipre era
marcada pelo sincretismo;
islâmicos podiam entrar em
igrejas cristãs para rezar e e
fazer oferendas a santos do
cristianismo,
pessoas
conhecidas como Cotton-
Linens eram praticantes do islã
e
do
cristianismo
simultaneamente e era
costumeiro que a população
buscasse
o
auxílio
de
curandeiros
e
líderes
espirituais em questões de seus
cotidianos.
Esse
cenário
começou a mudar, entretanto,
quando
os poderes
do
Cristianismo Ortodoxo e do
Sunni Islã entraram em
confronto.
Em 1960 o Chipre era
composto por mais pessoas
que se consideravam gregas ou
turcas do que pessoas que se
autodeterminavam cipriotas e
isso levou a uma divisão
cultural que ia desde o idioma
falado pelas comunidades até
os
modelos
educacionais
adotados.
No contexto atual, em que a
população se identifica
como cipriota em maior
número, os dois lados tendem
a permanecer seculares ainda
que a influência helênico-
cristã seja muito presente nas
manifestações culturais do
país. >>>