“The Guardian”, o jornal norte americano “The
New York Times” e o argentino “La Nación”. No
Brasil esse trabalho é feito principalmente por dois
grandes jornais o “G1” e a “Folha de São Paulo”.
Na era da informação onde competir pela
atenção do internauta é extremamente difícil, a
internet permitiu que qualquer pessoa, indepen-
dente de formação, qualificação ou pesquisa se
passe por um jornalista. Com essas ameaças ao
mercado o Jornalismo de Dados com sua impar-
cialidade numérica, projetos chamativos e pla-
taformas bem geridas permite um suspiro de luz
em uma internet poluída por desinformação.
Na atualidade o G1 e a Folha de São Paulo
oferecem formações adicionais aos seus jornalis-
tas para intensificar a produção desse novo tipo de
jornalismo, influenciando outros jornais a fazerem
o mesmo e integrarem programadores e desig-
ners a suas equipes. O jornalismo de dados, hoje,
pode ser pensado como o futuro do jornalismo.
As Reportagens
Agora serão pensados duas grandes matérias
deste no domínio do jornalismo. O primeiro é um
grande orgulho jornalístico brasileiro, o “Monitor
da Violência”, do G1, que saiu vitorioso do Data
Journalism Awards, a maior premiação do tipo no
mundo. Em segundo lugar a matéria “O Que Resta da
Mata Atlântica no Brasil”, um projeto mais gráfico
que textual que expõe os dados em mapas concisos
e dados fáceis de serem lidos, realizado pel’A Nexo.
O Monitor da Violência é um esforço con-
junto com o Núcleo de Estudos da Violência da
USP e p Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Nele analisou-se a violência no Brasil a partir de
uma amostra de pouco mais de 1000 mortos. Com
isso traçou-se o perfil das vítimas, dia da semana
em que morreu, pelo que morreu e pela proximida-
de do responsável pela morte. A partir disso cons-
truiu-se infográficos que condensam esses perfis,
criando também outras formas de visualizar dados
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já notórios, como é o caso da comparação da
violência brasileira com a de outros países.
O projeto d’A Nexo representa um
esforço aliado da cartografia com o jorna-
lismo investigativo. No Brasil é notória a
dificuldade de realizar militância ambien-
tal ou mesmo entender o impacto das gran-
des empresas, historicamente e na atuali-
dade, na devastação de nosso Patrimônio
Natural. Com essas dificuldades a matéria
reporta a condição comparada das zonas
de proteção, da extensão original e atual da
floresta de onde surgiu o nome do Brasil.
Homicídios no Brasil e no Mundo
Fonte: G1
Jornalismo de dados e as redes sociais
Após o advento da internet e, em
sequência, das redes sociais, a relação
entre os humanos e a informação mudou
drasticamente. Concebidos na era digi-
tal, democrática e da ruptura dos valo-
res tradicionais, os nascidos entre 1980 e
1990, também chamados de Geração Y,
e as gerações subsequentes criaram uma
comunidade digital que forçou o mun-
do da comunicação, antes voltado para
uma audiência passiva, a se adequar ao
novo consumidor de informações: aque-
le que assume o comando, escolhe quan-
do, onde e como acessá-la em uma “ló-
gica de redes” (CASTELLS, 2003).