INTERPRESS (Junho, 2019) | 页面 16

Como o mercado oligopolista lida com as startups? È evidente que o mercado empresarial de caráter oligopólico, vigente no século XXI, vê o avanço das startups como uma ameaça ao seus domínios de mercado. O avanço dessas plataformas inovadoras no cenário empresarial acaba por aumentar a competitividade e tirar os mercados dominantes de suas zonas de conforto. Para resolver essa problemática, o mer- cado oligopólico estabelece duas principais opções: A primeira é tentar comprar a startup em questão e trazê-la para apoiar seu mercado. Um exemplo clássico a se citar é as redes de TV (como: HBO, Disney e Amazon) desejan- do comprar o máximo de ações da maior pla- taforma de streaming da atualidade: a Neflix. A empresa, que hoje está presente no mundo inteiro, acumula mais de 100 milhões de assi- nantes e um patrimônio de mais de 12 bilhões de dólares. Com o seu surgimento houve uma queda, segundo dados da Anatel em 2016, hou- ve uma perca de mais de 500 mil clientes das operadoras de Tv no Brasil. Algumas plata- formas da TV a cabo já estão pensando uma parceria com a Neflix para alavancar suas ven- das. A exemplo da operadora de TV belo hori- zontina, NET, que passou a oferecer aos seus clientes, em fevereiro de 2019,um pacote em que a Neflix pode ser acessada como um ca- nal ofertando toda a programação completa da rainha do streaming disponível no Brasil. A segunda opção dos mercados oligo- pólicos é impossibilitar que as startups cres- çam. Já que, os olipólios possuem muita for- ça no mercado, portanto tentarão quebrar empresas que buscam um nicho empresa- rial diferente, como é o caso das startups. À exemplo das ações das grandes instituições bancárias contra aplicativos que nasceram para 16 facilitar na resolução de assuntos bancários (checagem de saldo, consulta de limite de cartões, pagamento de boletos, transferências bancárias). Um dos mais famosos aplicativos para esses serviços bancários é o Nubank. A plataforma possui um valor de mercado equi- valente a 4 bilhões de dólares e já lucrou 420 milhões de dólares. Essa empresa foi uma das pioneiras no segmento de serviços ligados ao financeiro e vem deixando o oligopólio ban- cário brasileiro em cautela. O Nubank en- trou para o ranking da Forbes, em 2019, das melhores instituições bancárias do mundo. Em 2018, o Nubank fez com que os bancos Bradesco, do Brasil, Caixa Econô- mica Federal, Itaú e Santander fossem in- vestigados pela Superintendência-Geral do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão regulamentador do go- verno quanto a concentração de mercado por um pequeno grupo de empresas, por es- tarem promovendo anticompetitivas no ce- nário empresarial financeiro. Uma vez que, esses bancos estavam colocando empecilhos à contratação do serviço do débito automá- tico pelo Nubank; sendo que essas institui- ções financeiras já dominam 90% do merca- do bancário brasileiro. Tudo isso para inibir a concorrência entre os produtos oferecidos e di- ficultar o crescimento da plataforma Nubank.