Como o mercado oligopolista lida com as
startups?
È evidente que o mercado empresarial
de caráter oligopólico, vigente no século XXI,
vê o avanço das startups como uma ameaça ao
seus domínios de mercado. O avanço dessas
plataformas inovadoras no cenário empresarial
acaba por aumentar a competitividade e tirar os
mercados dominantes de suas zonas de conforto.
Para resolver essa problemática, o mer-
cado oligopólico estabelece duas principais
opções: A primeira é tentar comprar a startup
em questão e trazê-la para apoiar seu mercado.
Um exemplo clássico a se citar é as redes de
TV (como: HBO, Disney e Amazon) desejan-
do comprar o máximo de ações da maior pla-
taforma de streaming da atualidade: a Neflix.
A empresa, que hoje está presente no mundo
inteiro, acumula mais de 100 milhões de assi-
nantes e um patrimônio de mais de 12 bilhões
de dólares. Com o seu surgimento houve uma
queda, segundo dados da Anatel em 2016, hou-
ve uma perca de mais de 500 mil clientes das
operadoras de Tv no Brasil. Algumas plata-
formas da TV a cabo já estão pensando uma
parceria com a Neflix para alavancar suas ven-
das. A exemplo da operadora de TV belo hori-
zontina, NET, que passou a oferecer aos seus
clientes, em fevereiro de 2019,um pacote em
que a Neflix pode ser acessada como um ca-
nal ofertando toda a programação completa
da rainha do streaming disponível no Brasil.
A segunda opção dos mercados oligo-
pólicos é impossibilitar que as startups cres-
çam. Já que, os olipólios possuem muita for-
ça no mercado, portanto tentarão quebrar
empresas que buscam um nicho empresa-
rial diferente, como é o caso das startups. À
exemplo das ações das grandes instituições
bancárias contra aplicativos que nasceram para
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facilitar na resolução de assuntos bancários
(checagem de saldo, consulta de limite de
cartões, pagamento de boletos, transferências
bancárias). Um dos mais famosos aplicativos
para esses serviços bancários é o Nubank. A
plataforma possui um valor de mercado equi-
valente a 4 bilhões de dólares e já lucrou 420
milhões de dólares. Essa empresa foi uma das
pioneiras no segmento de serviços ligados ao
financeiro e vem deixando o oligopólio ban-
cário brasileiro em cautela. O Nubank en-
trou para o ranking da Forbes, em 2019, das
melhores instituições bancárias do mundo.
Em 2018, o Nubank fez com que os
bancos Bradesco, do Brasil, Caixa Econô-
mica Federal, Itaú e Santander fossem in-
vestigados pela Superintendência-Geral do
CADE (Conselho Administrativo de Defesa
Econômica), órgão regulamentador do go-
verno quanto a concentração de mercado
por um pequeno grupo de empresas, por es-
tarem promovendo anticompetitivas no ce-
nário empresarial financeiro. Uma vez que,
esses bancos estavam colocando empecilhos
à contratação do serviço do débito automá-
tico pelo Nubank; sendo que essas institui-
ções financeiras já dominam 90% do merca-
do bancário brasileiro. Tudo isso para inibir a
concorrência entre os produtos oferecidos e di-
ficultar o crescimento da plataforma Nubank.