Inominável Nº 4 | Page 29

O QUE ESPERAR DA EDIÇÃO DE 2016

Sem o prólogo habitual em contra-relógio e com as cinco primeiras etapas a terminarem em plano, vamos assistir a uma luta séria entre os sprinters para ver quem veste a camisola amarela durante a primeira semana. Os favoritos para estes dias são Cavendish (26 etapas ganhas no Tour), Kittel (4 etapas em 2014) e Greipel (4 etapas em 2015), com Sagan sempre à procura de amealhar o maior número de pontos. Ainda assim não convém que os principais candidatos à vitória final se distraiam: vão ser etapas com muito vento lateral e isso pode ditar grandes diferenças ainda antes de chegarem às montanhas – que o diga Quintana, que na edição do ano passado perdeu mais ou menos o mesmo tempo que o separou do primeiro lugar no final da prova.

Para já, antevê-se que todos os principais candidatos estejam presentes na Volta à França. Destacado de entre um grupo razoável está Chris Froome, vencedor por duas vezes nos últimos anos e que só não ganhou mais vezes devido a quedas e à sua posição na equipa (quando teve de ajudar o seu chefe de fila, Bradley Wiggins, a vencer). Alberto Contador e Nairo Quintana serão os que mais hipóteses têm de derrubar Froome, havendo ainda a possibilidade de que Fabio Aru seja uma agradável surpresa e dê luta pelo pódio.

Sem contra-relógio por equipas, sem etapa de paralelos e com apenas dois – e curtos – contra-relógios individuais, este ano parece ser talhado para os trepadores puros. Curiosamente, esta é uma situação que favorece os dois principais corredores franceses, Romain Bardet e Thibault Pinot, que se vêem em boa posição para terminar no top-5.

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Nº 4 - Junho, 2016