Inominável Nº 4 | Page 28

E se houve coisa que me deu vontade de andar mais de bicicleta foi a Volta à França. Aliás, foi depois da Volta de 2013 que decidi investir um bocadinho e comprar uma bicicleta de rodas finas em segunda mão para substituir os transportes. Nada melhor do que esta prova para dar o empurrão que falta.

8. ESCOLHER UM FAVORITO. Os melhores representantes da modalidade estão aqui e no seu pico de forma. Além dos super-favoritos Froome e Quintana, temos Contador, Nibali, Aru... Não há nada como escolher um corredor e puxar por ele nas montanhas. Sempre gostei muito do Andy Schleck e nunca vivi tanto uma competição desportiva como quando ele atacou a meio de uma etapa e atravessou duas montanhas sozinho para ganhar bastante tempo para o líder (o Cadel Evans, na altura), ainda assim insuficiente para vencer o Tour. E não é preciso ser só para a Camisola Amarela, teremos sempre favoritos para a montanha, para os sprints e para os contra-relógios; a luta pelas outras classificações é quase tão emocionante como pela geral.

9. O AMBIENTE que se vive durante aquelas três semanas deve ser fantástico. O número de pessoas que segue a caravana do Tour é já bastante grande, mas a atmosfera criada pelos milhares de pessoas espalhadas pelas passagens nas montanhas deve ser incrível. Além disso, passar por esta prova duríssima aproxima os atletas e as equipas técnicas e a intimidade entre eles é bonita de se ver e ajuda ao ambiente fantástico da Volta à França.

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10. RUI COSTA. Desde que se tornou chefe de fila de uma equipa com algum palmarés (Lampre) a Volta à França tem sido uma competição aziaga para o português. Depois de, ainda na Movistar, ter cedido um lugar no top-10 para ajudar o seu chefe de fila, em 2013, Rui Costa abandonou os dois Tours seguintes, já na Lampre, primeiro com uma broncopneumonia e depois com lesões devido a quedas. O seu palmarés é muito consistente, com vários pódios em provas importantes do ranking internacional, incluindo três Voltas à Suíça consecutivas e um Campeonato do Mundo. No entanto, parece sempre que falta ao Rui a chama de campeão. Este ano tem vindo a subir de forma com cinco top-10 em provas UCI, a mais notória das quais foi a última: 3º lugar na Liège-Bastogne-Liège.