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Nº 4 - Junho, 2016
Bath é uma cidade do sudoeste de Inglaterra, localizada no Condado de Somerset. É muito conhecida pelos seus banhos termais que provêm de três nascentes (ou captações de água). Se diz que a cidade foi criada devido aos romanos terem ali descoberto uma água com propriedades milagrosas (curativas), no qual o Império Romano construiu umas termas. Só que a tradição oral indica que já era conhecida antes.
Ainda hoje esta água proveniente dos seus nascentes é considerada curativa para muitos males (doenças). Desde a época Elizabetana até a época Georgiana, foi um complexo termal para os ricos. Por causa disto, a cidade possui numerosos exemplos de arquitectura georgiana, com o expressivo ao Royal Crescent (Crescente Real). A cidade tem uma população de cerca de 80.000 habitantes e é Património da Humanidade.
in Wikipedia
Amor próprio
Nada mais dói do que ser
sem o ser contigo.
O teu corpo viaja,
melancolicamente,
pelas ruas da cidade, dando vida
às folhas de outono que no chão
caíram.
O teu nome ecoa por becos repletos
de memórias dos que um dia
partiram.
Mas não voltes.
Fui um fardo para o teu caos.
Incapacidade a tua por nunca me teres
impedido de te deixar ir.
As saudades que me deixaste têm em si
uma poesia indissociável.
Poesia essa que rima não possui.
Versos soltos como permitiste
que ficasse: abandonado.
Permanece onde estás. Não voltes.
Aguardei por ti,
ainda o Sol não tinha nascido.
Por mais que para ti viva,
o Eu prevalece sempre.
Gosto demasiado do que sou,
para permitir que me despedaces
em mínimos fragmentos.
Soube desistir,
pela minha real segurança.
Onde quer que estejas,
diz-me se é
a mim que desejas!
Antes de ti,
pensei nada existir.
Sou tudo o que contigo fui
e o que me tornei por não te ter.
Meu amor,
Amo-te de morte,
mas não morro por ti.
Faltas-me
Faltas-me.
Se aqui estivesses, palavras nunca
o seriam.
Só aqui te queria para te poder
olhar dos pés à cabeça
e contemplar a dádiva que Deus me
deu – aquele em que não creio eu.
Essa ilusão que um dia voltarás
é o carvão que queima e me dá
forças para continuar. À espera de tudo
sem esperar nada.
O relógio faz passagens de horas por
tempos que pensei serem inalcançáveis.
É estranho. Contigo, o tempo não
existia.
Já ouço os teus passos, no frio da noite
que nasce. Anoitece. Em sonhos,
pegas-me na mão e pedes desculpa.
Beijas-me. Levantas-te e vais embora.
As palavras fogem-me, quando, em mim,
tudo permanece. E tu ficas, de
tão longe que estás.
Voltas?
Faltas-me.
por Diogo Marques