Inominável Inominável #15 | Page 64

Comparações inevitáveis e

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Primeiro Verão na ilha, primeiro Verão que passo em estado de graça, que é como quem diz, grávida... e transtornada com este calor húmido! Eu sei, não parece o retrato idílico digno de quem mora no paraíso, mas até neste existem problemas de pés inchados e hormonas em polvorosa. Mas já lá vamos!

por terras nascidas do mar

por Inês Rocha

Verão nos Açores é sinónimo de muitas mais pessoas a circular, muitos carros alugados, e muitos cruzeiros – que trazem ainda mais gente – dando uma nova vida à vida insular. Os fins-de-semana têm outro sabor, nem que seja o de saborear uma francesinha ou um hamburguer proveniente de vacas que já foram felizes, numa das esplanadas da avenida de Ponta Delgada, ou até mesmo um gelado na marina. O mercado municipal fervilha, e lá vamos habitualmente comprar a fruta, comercializada pelo próprio produtor, um senhor com um talento natural para lidar com os clientes, oferecendo-me sempre uma peça de fruta para logo a seguir, como por magia e enquanto atende outro cliente, me estender um lenço de papel quando me encontro na fase final de degustação e me pergunto onde vou limpar as minhas mãos besuntadas de fruta da época. Legumes já pouco compro no mercado porque os vizinhos dão-me de tudo um pouco, desde alfaces até carne do porco caseiro, ofertas que retribuímos com o peixe que a minha cara-metade caça no fim-de-semana, nesta época em mais variedade, tendo eu predilecção até agora pelo lírio na grelha e pelos filetes de peixe-porco, fritos com farinha de milho e ovo. É o exercício da troca de géneros e do sentido de comunidade!

Inominável

Montanha-Russa

e o inverno que não chega...

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hormonal