inLocus inLocus Jun. 2013 | Page 40

As duas situações que descrevo são apenas amostras do que estes designers podem encontrar nos anos a vir. Como eles estarão preparados para avaliar estas situações? Em sociedades cujas economias são interligadas com tecnologias avançadas, novas invenções e sistemas como chips RFID e Smart Dust, pequenos micro-sensores capazes de transmitir dados de um para o outro enquanto permanecem virtualmente invisíveis, têm o potencial de alterar o núcleo da vida social. Como os profissionais que estão criando estes dispositivos, designers devem ser responsáveis por manter fortes diálogos sobre suas implicações sociais como Bill Joy o fez em seu artigo da revista Wired ditado anteriormente. “designers precisam pensar mais profundamente sobre o futuro e sobre seu papel em trazê-lo ao presente” Historicamente, a tarefa do designer era mais simples do que é hoje, assim como a responsabilidade do designer mais fácil de se definir. Prover decoração para ou dar forma a produtos era a tarefa primária. Consequentemente, o design era sobre forma visual e, consequentemente, sobre função mecânica. John Ruskin e William Morris demonstraram preocupações relacionadas a trabalho e qualidade, mas eles não estavam preocupados com os usos dos produtos os quais, no fim do século 19, ainda não carregavam as consequências sociais que hoje carregam. Agora de frente com a crescente complexidade do meio social do produto, designers precisam pensar mais profundamente sobre o futuro e sobre seu papel em trazê-lo ao presente. Eles precisam de sistemas de aviso prévio para alertá-los sobre tendências sociais que possam ter impacto no que desenham, e requerem as ferramentas intelectuais para refletir no sentido destas tendências e suas implicações éticas. Mas a ética, como a tecnologia, também entrou em uma área cinzenta em que as implicações morais de certas ações não são claras. Pesquisas feitas em campos seletos como na bioética têm produzido literatura considerável sobre clonagem, células-tronco e tópicos relacionados. Mas as éticas de implantes de chips, observação tecnológica ou a comercialização do Espaço ainda não foram debatidas com seriedade. 40 lá o design e o espírito humano