As duas situações que
descrevo são apenas amostras
do que estes designers podem
encontrar nos anos a vir. Como
eles estarão preparados para
avaliar estas situações?
Em sociedades cujas economias são interligadas
com tecnologias avançadas,
novas invenções e sistemas
como chips RFID e Smart Dust, pequenos
micro-sensores capazes de transmitir dados
de um para o outro enquanto permanecem
virtualmente invisíveis, têm o potencial
de alterar o núcleo da vida social. Como
os profissionais que estão criando estes
dispositivos, designers devem ser responsáveis
por manter fortes diálogos sobre suas
implicações sociais como Bill Joy o fez em seu
artigo da revista Wired ditado anteriormente.
“designers precisam pensar mais
profundamente sobre
o futuro e sobre seu papel em
trazê-lo ao presente”
Historicamente, a tarefa do designer era
mais simples do que é hoje, assim como
a responsabilidade do designer mais fácil
de se definir. Prover decoração para ou
dar forma a produtos era a tarefa primária.
Consequentemente, o design era sobre forma
visual e, consequentemente, sobre função
mecânica. John Ruskin e William Morris
demonstraram preocupações relacionadas a
trabalho e qualidade, mas eles não estavam
preocupados com os usos dos produtos os
quais, no fim do século 19, ainda não carregavam
as consequências sociais que hoje carregam.
Agora de frente com a crescente complexidade
do meio social do produto, designers precisam
pensar mais profundamente sobre o futuro e
sobre seu papel em trazê-lo ao presente. Eles
precisam de sistemas de aviso prévio para
alertá-los sobre tendências sociais que possam
ter impacto no que desenham, e requerem as
ferramentas intelectuais para refletir no sentido
destas tendências e suas implicações éticas.
Mas a ética, como a tecnologia, também entrou
em uma área cinzenta em que as implicações
morais de certas ações não são claras. Pesquisas
feitas em campos seletos como na bioética
têm produzido literatura considerável sobre
clonagem, células-tronco e tópicos relacionados.
Mas as éticas de implantes de chips, observação
tecnológica ou a comercialização do Espaço
ainda não foram debatidas com seriedade.
40 lá o design e o espírito humano