bandit
Machines”, em que visualiza um momento no
futuro similar ao de Moravec, no qual máquinas
gerenciariam consideráveis segmentos da
sociedade humana. Kelly cunhou o termo
“vivisystems” para caracterizar a relação entre
grupos de entidades naturais e artificiais.
Como exemplo destas, ele cita “incubadoras
de vírus de computador, protótipos de robôs,
mundos de realidade virtual, personagens
animados sintéticos, ecologias artificiais
diversas, e modelos computadorizados da
própria Terra.” Abraçando a incursão do
artificial no biológico, Kelly prognostica que :
“o mundo do construído em breve será como
o mundo do nascido: autônomo, adaptável e
criativo mas, consequentemente, fora do nosso
controle.” Mais recentemente, o cientista de
computadores Bill Joy, um co-fundador da
Sun Microsystems, publicou um artigo de
cautela na revista Wired, “Porque o Futuro
não Precisa de Nós”, no qual ele busca entrar
em acordo com as tecnologias emergentes no
campo da robótica, engenharia genética e
nano-tecnologia. Como um especialista de
tecnologia, Joy expressa sua preocupação que
a tecnologia pode estar se movendo rápido
demais para que humanos façam as escolhas
corretas com relação ao seu uso.
Segundo Joy, “as experiências dos cientistas
do ramo atômico claramente mostram a
necessidade dos cientistas de responsabilizar-se
pelo seu estudo, pelo perigo das coisas andarem
rápido demais, e da forma como um processo
pode criar vida própria. Nós podemos, como
eles o fizeram, criar problemas insuperáveis
em um piscar de olhos. Nó precisamos pensar
mais agora para não sermos surpreendidos
e chocados pelas consequências de nossas
próprias invenções no futuro.” O maior valor
de narrativas especulativas como as de
Moravec ou Kelly é a sua apresentação de
dados em formas que a imaginação consegue
compreender. Eles têm a tendência, porém, a
ignorar a complexidade do mundo, substituindo
por predições simplificadas que carecem de
credibilidade social, psicológica ou política.
o design e o espírito humano lá 35