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Artigo Técnico

Uma chapa flexográfica para cada momento de evolução do papelão ondulado

Por Alex Correia
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Alex Arlindo Mota Correia , Pós-graduado em docência do ensino superior , graduado em Engenharia de produção mecânica e Técnico em Artes gráficas pela Escola Senai Theobaldo De Nigris . Na mesma instituição foi professor dos cursos técnico , faculdade e pós-graduação . Também foi professor do curso de Engenharia Mecatrônica na Uniban . Atualmente é Consultor técnico de aplicações e líder do laboratório de Inovação de DuPont™️Cyrel ®️ Solutions na América Latina .
Em 1860 , John Kingsley jamais imaginaria que a flexografia chegaria em 2021 como a vemos hoje . Incialmente ele a chamou de impressão anilina , mas em 1952 esse nome foi mudado para impressão flexográfica pela flexibilidade deste processo de impressão que consegue imprimir em diversos tipos de substratos , desde filmes plásticos , pisos cerâmicos , papelão ondulado etc .
No início , era usado uma forma de borracha entalhada manualmente , um trabalho de artes gráficas no qual o clicherista tinha que desenhar ou transferir a imagem para a superfície da borracha e através de um estilete / bisturi marcava as áreas de limite entre grafismo ( área de relevo ) e o contra grafismo ( área do piso da chapa ) após isso com o auxílio de uma pinça se removia as áreas de contra grafismo nessa época só era feito chapados , textos ou traços .
A evolução da forma de impressão aconteceu quando a borracha vulcanizada começou a ser utilizada para reproduzir retículas ( pontos de impressão ), mas ainda só podia reproduzir baixas lineaturas ( quantidade de pontos / linhas por centímetro e ou polegada ).
A grande revolução para o processo de confecção das formas flexográficas foi feita pela DuPont em 1974 quando desenvolveu as chapas de fotopolímero Cyrel ® que inicialmente eram processadas com solvente e usavam o fotolito para transferir a imagem , permitindo aumentar a lineatura . Até esse momento a flexografia ainda era
conhecida como um processo limitado e deficiente , pois não possuía um bom controle do processo produtivo . Inovações nos periféricos e máquinas impressoras permitiram que a flexografia desse o salto de qualidade e confiabilidade que vemos hoje .
Dentro do processo de confecção dos clichês , outro importante divisor de águas foi o processo de transferência da imagem usando Laser para a cópia digital ( chapas digitais ) que permitiu , além de reproduzir altas lineaturas , a reprodução de pontos menores com maior definição pois foi possível aumentar a resolução em dpi ( dots per inch ) e eliminar o processo de confecção do fotolito ( refere-se a outra patente da DuPont , o Cyrel ® Digital Imager – comumente chamado de CDI ).
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Set / Out de 2021 · Inforflexo