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“ Temos muita caixa de transporte , mas ela está indo para a gôndola e conversando cada vez mais com o consumidor . E caixas que circulam nos elos da cadeia , como as caixas de fruta que hoje são impressas com alta qualidade e que podem ir em alguns pontos para a gôndola ”, relata Tatiana .
Adriana concorda : “ Antes , nós víamos muito nos atacados a caixa de papelão , e não tinha preocupação estética . Hoje , há em lojas o uso do papelão ondulado no ponto de venda para chamar a atenção . Coloca display em papelão ondulado , fica bonito na loja . Mas ela precisa conversar com a embalagem , ter um grafismo que conversa ”.
Aliás , a embalagem que vai direto para o consumidor para utilizar o produto também precisa ser bem pensada . Hoje , há até caixa de vinho de papelão que já vem com dispenser . Assim , a caixa de papelão vem deixando de ser apenas uma caixa de transporte e tornando-se a caixa primária .
Tatiana falou da transformação do fluxo de trabalho em corrugado . Antes , era algo muito manual , com espessuras altas com baixa dureza , capacidade limitada de retenção e reprodução de imagens e um fluxo de trabalho analógico com o filme fotolito . Isto limitava a qualidade final dos trabalhos .
Hoje , há uma melhora das capacidades gráficas , com espessuras finas com maior dureza ( com ou sem espuma ). As impressoras possuem maior velocidade , maior número de cores , são mais econômicas , com anilox de maior lineatura e menor BCM ; houve evolução nos papéis , com menor gramatura , reciclados , tratados .
As normatizações ajudaram no processo , assim como processos mais simples com a preocupação maior com a sustentabilidade , caso das chapas especialmente desenvolvidas para uso em materiais reciclados . O papel reciclado , vale ressaltar , cresceu de forma avassaladora e o clichê precisava acompanhar essa tendência .
Um desafio no papelão ondulado era a marcação da costela , pois isso depende da qualidade do corrugado , pressão de impressão e o formato do ponto , que interfere na questão da impressão do corrugado . É o fluting , ou “ efeito costela ”.
Para ajudar na qualidade de impressão com ponto plano , a DuPont Cyrel Easy EPC foi construída pela DuPont para elevar a qualidade no papelão ondulado . É uma chapa digital macia com pontos planos incorporados , focada no papelão ondulado . Ela é projetada para reprodução de imagem de alta qualidade , minimizando o efeito de estrias quando se imprime em ampla variedade de papelão ondulado .
Ela traz economia no consumo de tinta e reduz o tempo de inatividade pela limpeza de placas durante a produção . A solução também é usada para a impressão em cartão corrugado reciclado ( ponto convencional ), visto que cerca de 85 % do corrugado é produzido com material reciclado . E o corrugado tem usado capas de espessuras mais finas , o que dificulta a impressão . A partícula que é gerada pela reciclagem pode impedir que a tinta penetre de forma uniforme .
Assim , a DuPont possui a Cyrel DLC projetada para trabalhar com cartão reciclado de menor espessura . Foram feitos vários testes e conseguiu resultados melhores como cobertura de tinta . Pode reduzir a quantidade de tinta aplicada e manter mesma qualidade de transferência .
Já para a parte analógica , a DuPont possui a ALC , placa analógica de baixa dureza com a marca d ’ água da DuPont para a autenticidade do material . Traz os benefícios da DLC para gravação com fotolito .
WRoma
O Flexo Talk & Show contou com a WRoma , empresa brasileira fundada em 2004 e que representa marcas como Phoenix ( empresa alemã com 150 anos de mercado atuando com automação industrial ), Techno ( italiana na área de emendas e conexões ) e Baumer HHS , que atua com cartonagem a vácuo , impressão de braille , acabamento de impressão e outros recursos para corrugado . A WRoma tem uma forte assistência técnica e estoque de peças .
Wilson Roma , diretor da WRoma apresentou o sistema de cola fria Baumer , com os controladores de sistema de pressão através dos tanques e bombas de cola . Após a pressão , é colocado o aplicador de cola para diferentes aplicações e viscosidades . Já o sistema de cola quente possui curva proporcional de pressão , com controle de tanque de 4 a 100 kg com controladores , aplicadores eletromagnéticos ( adesivo de baixa viscosidade ) e aplicadores eletropneumático ( adesivo de alta viscosidade ).
Outra solução é o sensor de cola , que monitora a aplicação de cola fria e quente , além da inspeção de diferentes tipos de código de barra , e sistema de injeção e marcação para diferentes aplicações . Todas as informações colhidas são enviadas para dados estatísticos de produção .
Entre as dificuldades do corrugado , na parte de cola está o entupimento do bico , que precisa de limpeza constante , gerando desperdício do material e constante inspeção manual de produção . A Baumer possui um sistema de aplicação de cola de qualidade para ajudar neste segmento .
O diretor da WRoma diz que é preciso pensar em qualidade , tempo , sustentabilidade e flexibilidade .
Qualidade : equipamentos produtivos , desempenho de produções com zero defeito , sem devolução .
Tempo : determinante de produção , com rápido acerto operacional , início da produção logo depois da primeira caixa .
Sustentabilidade : modo econômico de aplicação e menos desperdício .
Flexibilidade : mais recursos , como colagem fácil da aba interna , externa e especiais .
Inforflexo · Set / Out de 2021 39