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de serviço ficar com uma informação antiga ”.
Franklin Oliveira cita outro ponto : “ A automação chega em um ponto em que o cliente passa o serviço e pergunta : isso vai ficar bom ? Mesmo com todas as variáveis , procuramos padronizar de uma forma para gerenciar cada vez mais dados como viscosidade e outros dados que vamos usar para nossa clicheria . Quando ele passar por uma dificuldade , deixar de ser só fornecedor e passar a ser consultor . Assim vamos analisar os dados e ajudar , passando segurança ”.
Diego Mendonça fala de outra conquista com a automação : “ Conseguimos trazer a equipe de TI fazendo um trabalho de automação junto com essas ferramentas , desenvolvendo algo dentro do ERP . É um grande avanço porque informações que poderiam se perder na automação ficam automatizadas e geridas por uma única fonte . Isso tira a questão do erro . Depois que implementamos ferramentas de automação , estamos abaixo de 0,5 % em erros . E mesmo esse número é mais uma questão de gestão comercial , que você acaba absorvendo pela parceria com o cliente ”.
Tratamento de imagem
Josimar fala sobre as ferramentas que fazem a conversão de cores , com perfil de origem e destino , que convertem cores especiais para gama expandida : “ Eu vejo dificuldades nesta conversão . Muitas vezes o arquivo que recebemos da agência ou convertedor não vem da forma padronizada , não está separado da forma correta , com a cor ou Pantone correto . Muitas vezes o convertedor não sabe em qual perfil foi criada aquela embalagem . Então uma das principais dificuldades é comunicar a cor , para que todos entendam a referência , com essa comunicação convertedor , clicheria e dono de marca para chegar na referência ”.
João concorda e diz como trabalham : “ Há um alinhamento de expectativa entre convertedor , clicheria e dono de marca para que todos estejam na mesma página . O que fazemos é sempre como prova base uma ISO coated 39 padrão . E sempre vemos o convertedor , qual espaço de cor tem , se o gamut de cor será atingido e alinhar as expectativas , deixar todos na mesma sintonia , para que tudo flua de forma mais homogênea . Há momentos em que o espaço de cor do convertedor é mínimo , não consegue força e cobertura . E nesse momento é alinhar entre todos para deixar claro o que consegue entregar ”.
Gerenciamento de cor é a grande dor de todos , diz Felipe Santana : “ A parte da automação já está resolvida , agora temos que partir para esta etapa e buscar uma solução ”. Franklin destaca a questão da aprovação remota : “ Há casos em que o responsável aprova pelo celular e depois somos cobrados pela questão de cores . Há casos de troca de máquina e tinta e , muitas vezes , não há os recursos adequados para garantir a densidade e colorimetria de antes . O conhecimento da impressão e dos suprimentos tem que envolver toda a equipe no processo para seguir com um padrão sólido ”.
João reforça : “ Se você tem um controle de recebimento e instrui os convertedores sobre qual tipo de anilox e tinta utilizar , começamos a subir o nível técnico dos convertedores . Este trabalho é fundamental , e tendo equipe de base que faz este controle , isso enriquece o processo ”.
Impressão digital
E qual o impacto da impressão digital nos trabalhos ? Vladimir Cassiano destaca : “ As clicherias têm medo da impressão digital , mas eu não vejo desta forma , porque pré-impressão é pré-impressão , seja na placa ou na saída do arquivo digital ”.
João recorda sua experiência com impressora digital , que atuava com pequenos lotes e dados variáveis . “ Havia uma rapidez na pré-impressão , mas quem vai atender , por exemplo , 20 toneladas , ainda vai usar flexo ou roto , tanto pelo custo como velocidade de impressão . Talvez tenhamos equipes direcionadas para impressão digital , outra para flexo , mas sempre com a pré-impressão sendo importante ”.
Josimar destaca : “ No crescimento com o digital , o arquivo ainda precisará estar preparado para cada fluxo , e a préimpressão ainda vai existir . Conforme esses equipamentos vão evoluindo , essas ferramentas de automação ficarão mais poderosas , como no caso do trapping . O arquivo de entrada tem que estar bem claro , e ainda vejo uma dificuldade em relação a isso ”.
Diego concorda : “ O diferencial da clicheria é que ela faz a gestão da marca dos clientes finais . A clicheria é preocupada em ver como esse trabalho é visto hoje no mercado . O papel será cada vez mais fazer a gestão dessa marca . Quem se destacar com processo interno , captura de dados , automação e gerenciamento de informação vai se destacar . Então vejo a impressão digital com bons olhos ”.
E qual o panorama do profissional do mercado ? Diego responde : “ Quanto mais as pessoas se interessarem por pre-press , mais nosso mercado vai evoluir de forma mais rápida . Para automatizar uma tarefa , você precisa conhecêla bem . O software precisa da intervenção humana , da pessoa pensar como outra pessoa pensaria . Se ele tem know-how , isso se torna muito mais assertivo . E faltam profissionais do mercado que querem se especializar nesta área ”.
Os outros participantes também relataram que conhecimentos na área de TI ( Tecnologia da Informação ) ajudam muito para que um profissional ingresse na área e que , de fato , faltam profissionais especializados no setor .
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Set / Out de 2021 · Inforflexo