INFORFACTORING SINDISFAC INFORFACTORING 103| Jun 2017 | Page 18

Cheques sem fundo

A taxa de cheques devolvidos sem fundos no Brasil cresceu no ano passado e alcançou o mais alto indicador desde o começo da pesquisa, no ano de 1991, de acordo com o empreendimento de avaliação de dados de crédito da Serasa Experian.

O indicador de retorno de cheques foi de 2,36% em 2016, contra 2,26% no ano de 2015, ainda conforme as informações divulgadas pelo empreendimento de análise de crédito.

As razões que elevaram a devolução de cheques no ano passado foram o aumento do desemprego, que atingiu cerca de 13 milhões de brasileiros, dificuldade para obter crédito, taxa de juros alta e a volta da inflação, sobretudo, nos primeiros seis meses de 2016.

Somente em dezembro de 2015, a taxa de retorno de cheques permaneceu em torno de 2,25%, o que representou um patamar inferior ao apresentado no mesmo período de tempo de 2015, com 2,42%, além do desempenho em novembro de 2016, com média de 2,46%.

Panorama de cheques sem fundo em todo o Brasil

O levantamento promovido pela Serasa Experian detalhou também a situação dos cheques sem fundo em cada região do território nacional. No segundo mês deste ano, dentre todas as regiões brasileiras, a taxa mais alta de cheques devolvidos foi registrada no Norte do Brasil, com 4,44% de devoluções.

Ao mesmo tempo em que Santa Catarina, Paraná e o Rio Grande do Sul, ou seja, o Sul do país, obteve o percentual mais baixo de devoluções no primeiro mês de 2016, com 1,75%.

Com relação aos estados brasileiros, o Amapá se apresenta no topo de devoluções dos fundos com uma taxa em torno de 22% no mês de fevereiro. Já Santa Catarina ocupa a lanterna com o

Um panorama no Brasil

mais baixo indicador de cheques sem fundo, cerca de 1,65%, conforme os dados divulgados pela companhia de avaliação de crédito.

Nacionalmente, o registro de devoluções de cheques pela segunda vez em fevereiro de 2017 foi de 2,12% da quantia total de cheques, semelhante à quantia total de cheques compensados, similar também ao retorno de 2,12% obtido no primeiro mês de 2016 e inferior a taxa de cheques devolvidos 12 meses antes, em fevereiro de 2016, quando a taxa ficou no patamar de 2,27%.

A taxa mais alta de cheques devolvidos foi registrada no Norte do Brasil, com 4,44% de devoluções.

Situação de cheques devolvidos no estado com maior índice do país

Situado no Norte do país, a região que lidera o ranking de cheques devolvidos, o estado do Amapá se mantém na liderança da lista nacional por estados com uma taxa de devolução no mês de fevereiro do ano corrente de 17,52%, de todos os cheques compensados.

No entanto, o estado apresentou uma considerável melhora nos seus indicadores, já que a taxa de fevereiro é ligeiramente inferior aos 25,79% apresentados no primeiro mês deste ano.

Vale lembrar que no mês de fevereiro do ano passado, o retorno de cheques pela segunda vez devido à ausência de fundos no Amapá ficou em torno de 17,35%, referente ao total da compensação de cheques.