E como podemos mudar?
Segundo Dellagnol, se nós queremos mudar, precisamos eliminar as condições que favorecem a corrupção no Brasil. Para tal, o procurador construiu com a sua equipe, um pacote com 10 medidas contra a corrupção, escrito por especialistas de todo o país. Esse pacote contém medidas preventivas e punitivas, que se baseiam em três focos: revisão das penas de crimes de corrupção, a eliminação das brechas na lei que favorecem os corruptos e a recuperação do dinheiro desviado. Pois, para coibir os desvios, o procurador acredita que o crime não deve compensar economicamente.
Atualmente, o pacote já foi apresentado ao Congresso Nacional e foi transformado em um projeto de lei de iniciativa popular com mais de dois milhões de assinaturas. Agora, para que a medida saia do papel é preciso o envolvimento da sociedade, colhendo mais assinaturas e cobrando ações dos parlamentares. No Facebook, é possível acompanhar as novidades do projeto #MUDE - chega de corrupção.
Em vésperas de uma nova eleição vamos ter aproximadamente 500 mil candidatos. “Isso é infiscalizável. E puxadores de voto, como o Tiririca levam para a câmara pessoas que tiveram 500 votos. Essa pessoa não sabe nem quem o elegeu”, critica o
procurador, salientando a necessidade de uma reforma política urgente.
Segundo o coordenador da Operação Lava Jato, precisamos do engajamento de todos para ter mudanças. E as empresas precisam entender que o crime não compensa e que podemos exercer sempre o poder do “NÃO”.
“Eu não sei quais são as suas desculpas. Eu tinha as minhas. (...) Mas, existem momentos que requerem um esforço cívico maior de nós. A Lava Jato não muda o nosso Brasil, ela pode ser, se aproveitarmos a oportunidade, uma semente de cura”, conclui Dellagnol.
“Eu não sei quais são as suas desculpas Eu tinha as minhas. (...) Mas, existem momentos que requerem um esforço cívico maior de nós. A lava jato não mudam o nosso Brasil, ela pode ser, se aproveitarmos a oportunidade, uma semente de cura”