Imprensa volume 1, matéria de Webdesign | Page 8

Entrevista

Trump vilaniza o Jornalismo

COM AMPLA BAGAMEM INTERNACIONAL, PATRÍCIA CAMPOS MELLO FALA SOBRE OS DESAFIOS DA COBERTURA NO FRONT DE GUERRA E DA SUA PERCEPÇÃO DA REDUÇÃO DE LIBERDADE DE IMPRENSA NOS ESTADOS UNIDOS

POR SINVAL DE ITACARAMBI

DIRETOR DE IMPRENSA

Heródoto e Julio César foram na antiguidade greco-romana o que hoje chamamos de correspondentes de guerra. Euclides da Cunha, Joel da Silveira o foram no Brasil Republicano. Trata-se de uma categoria plena de glamour pelo lado romântico e heróico. Mas o que hoje essa atividade jornalística no front das guerras contemporâneas?

IMPRENSA viaja, nesta edição com Patrícia Campos Mello pelo Afeganistão e Síria, nos limites da liberdade de imprensa, por limites da liberdade de imprensa, por dificuldades óbvias de trabalhar com o contraditório. Afinal, parafraseia o jargão " na guerra as primeiras vítimas são a verdade e a liberdade de imprensa".

Filha de Hélio Campos Mello, fotógrafo de guerras e revoluções, recebeu do pai o conselho: "Não seja medrosa a ponto de perder a matéria e não seja corajosa a ponto de perder a vida." Suas narrativas são provocantes e nos certificam que não é nada romântico nem heróico o fazer jornalístico no front da guerra.

Para saber mais sobre Jornalismo em áreas de conflitos recentes, assista ao programa Matéria de Capa.

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Saiba quais são as maiores dificuldades encontradas pelos jornalistas ao cobrir uma guerra.

CURIOSIDADES sobre a Guerra Civil Espanhola

A cobertura da epidemia do ebola, na África, é um exemplo de seu profissionalismo. Sugeriu a pauta, dispôs-se a fazê-la, embora desaconselhada pelos seus chefes, colegas e família. Mesmo no retorno, com quarenta e tudo, teve quem não a cumprimentasse por temer ser contaminado.

Cobriu a eleição e posse do Trump, após três coberturas anteriores, Bush, Obama e sua reeleição. Ela tem uma avaliação severa sobre o atual presidente. Diz com todas as letras que o presidente Trump "vilaniza" o jornalismo como instituição. Não acha que tais ataques levarão à Suprema Corte, como no caso do veto aos imigrantes de seis países muçulmanos. Nesse particular, sua trajetória emociona, pois ela se acha vocacionada ao jornalismo pela sua própria educação.

Chegou a abandonar o curso de direito pelo de jornalismo. Fala alemão, inglês e espanhol.