História na Imagem - Modernismo no Brasil Modernismo no Brasil | Page 17

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Mas mesmo com essa repreensão, os modernistas acreditavam que esse público não estaria preparado para essa quebra brusca na área das artes. Uma própria parte disso, acaba por ser influenciada por conta um movimento político muito forte, como por exemplo, a ascensão da fundação do Partido Comunista. Ambos os movimentos eram frutos de sua época, ou seja, por serem movimentos atuais, tinham a capacidade de mover pensamentos, que remetiam a trazer o novo à tona, sendo o movimento dos artistas modernos figuras capazes de discutir os novos problemas que surgiam pela sociedade, algo que também era adotado pelo mobilização comunista no Brasil, deixando bem claro a mensagem de deixar o que era velho no passado.

Dentro da Semana de Arte, os principais autores e obras foram: Graça Aranha, no qual fez uma apresentação denominada “A emoção estética da Arte Moderna”, que dias depois acabou na boca do público sendo mal falada. Heitor Villa-Lobos, que teve uma boa apresentação, a que não repercutiu tanto, porém, estava com um calo em seu pé, então entrou descalço e por conta disso, foi vaiado no palco. Manuel Bandeira, que recitou seu poema “Os Sapos”, no qual era uma crítica aos parnasianistas, e acabou sendo visto com maus olhos ao fim de seu poema. Mário de Andrade, no qual fez a publicação de seu livro Pauliceia Desvairada. Entre as grandes exposições de pinturas, compostas por Anita Malfatti, com a sua obra “A Estudante russa”, que acabou por sofrer fortes críticas de Monteiro Lobato, juntamente com Di Cavalcanti, John Graz, Martins Ribeiro, Zina Aita e Vicente Rego Monteiro, compondo o novo cenário artístico, repleto de novidades e críticas a sociedade.

Desse modo, podemos categorizar a Semana de Arte Moderna como um marco para a história cultural brasileira, sendo principalmente pelo caráter de inovação promovendo uma nova era as artes brasileiras, com o cunho de ser algo muito mais local e produzindo uma visão, ou até mesmo, uma identidade cultural nacional. É possível afirmar também que serviu para popularizar a arte, fazendo com que as escolas artísticas ficassem cada vez mais reconhecidas e marcadas pela arte modernista, o que acabou dando origem a movimentos com Pau-Brasil, Verde e Amarelo, Antropofágico e até mesmo a Tropicália.

Mapa com a localização dos artistas na exposição da Semana de 22, desenhado por Yan de Almeida Prado, 1969