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O Modernismo no Brasil

Você, caro leitor, nesse momento, deve estar se perguntando ou fazendo associações com o Brasil, relacionando com o Movimento Modernista na Europa. Mas, como é que aconteceu tudo isso aqui no nosso país?

O mundo vivia a posterioridade da Primeira Guerra Mundial e assim como já abordado em relação à Europa, a Arte começou a refletir tudo isso. No Brasil, alia-se ao pós guerra, as insatisfações políticas, como aumento da inflação, crises e protestos. Nesse momento, a preocupação de uma construção de uma arte nacional começa a ser pautada para ser colocada a par com as vertentes das vanguardas europeias.

Mário de Andrade (1893-1945), escritor e um dos líderes do movimento modernista no Brasil, assim como outros artistas do período, acreditava que a transformação da inteligência nacional seria dada através da remodelaçãoda arte conservadora da Escola Nacional, superando até mesmo as vanguardas europeias e criando um estilo artístico único nas mais variadas expressões.

O modernismo brasileiro, ficou conhecido como um movimento de “retorno à ordem”, zerando os avanços mais radicais das vanguardas e resgatando valores fundamentalmente realistas e naturalistas. Buscavam um resgate da fidelidade ao real, à tradição artesanal

e às culturas visuais nacionais. Foi um retorno à figura à representação e, às visualidades regionais, montando uma iconografia tipicamente brasileira.

O marco inicial do modernismo no Brasil foi a Semana de Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo e que contava com diferentes artistas, de diferentes áreas.

O modernismo vai contar com dois momentos principais de ruptura: o primeiro em 1922, com uma quebra em relação ao academicismo e a criação de uma linguagem que, sendo moderna, fosse também brasileira. O segundo no início da década de 1930, quando o movimento vai se adaptar as necessidades de uma arte com temática social, principalmente com uma preocupação nacionalista e representação de uma temática brasileira.

O ideário moderno internacional pretendia se constituir como um marco zero, um rompimento com toda a tradição anterior. No Brasil ele se colocava acima dos estilos, se constituindo em movimento de ruptura com as construções dos séculos XIX e XX, inaugurando uma fase completamente nova.

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