O trabalho de um
fotografo:
Evandro Teixeira
Evandro Teixeira é um dos nomes mais importantes do fotojornalismo brasileiro, ele iniciou sua carreira em 1958 no jornal carioca Diário da Noite e em 1963 passou a trabalhar para o Jornal do Brasil, onde permaneceu durante quarenta anos.
De todos os fotógrafos brasileiro, Teixeira pode ser considerado um dos maiores exemplos da luta contra a Ditadura Militar que se instaurou nos anos 1960. Sua luta, sem disparar um único tiro, ecoou, amplificou e repercutiu no Brasil e no mundo. Sua arma? A câmera fotográfica.
Sobre seu trabalho durante a ditadura, Evandro fala que:
“Foram momentos terríveis e eu tinha que lutar contra aquilo. Minha arma foi minha câmera fotográfica. Com ela eu subi em palanques, entrei em palácios e em presídios, corri, apanhei, mas eu precisava registrar aquilo tudo, precisava deixar documentos para a história. Hoje eu estou aqui, contando minhas histórias e mostrando minhas fotografias. De alguma forma eu estou contribuindo para escrever a história desse país. Minhas fotografias serviram – e ainda servem – para mostrar um período do Brasil e o que eu pude fazer para reverter aquele estado de autoritarismo. A fotografia tem um papel muito importante para preservar e, às vezes, até mudar a história. Basta lembrar aquela fotografia da menina queimada, que ajudou a acabar com a Guerra do Vietnã. Então eu acho que, de certa maneira, ajudei a contar a história do Brasil”.
Estudante de medicina durante protesto na Cinelândia, em 1968. Essa foto mostra o exato momento em que um estudante é atacado pela polícia durante um protesto. De um lado, a truculência policial, a cara fardada da repressão e, do outro o movimento de fuga e espanto de um civil em plena luta. A foto exemplifica a divisão da nação: militares oprimindo e civis resistindo.
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Imagem disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/22/album/1542923865_871951.html#foto_gal_1