Helicayenne Magazine Nº 2 Mar 2021 | Page 10

Não sei “ falar ” de
“ ecos inflamados ” de
assiste na imortalização do
mim , de ti - MULHER -
egocentrismos malfadados .
melhor de si .
senão desta forma
Não edifica relações comodistas ,
MULHER , uma perfeita
nem tão pouco aceita entrega
imperfeição na procura
MULHER , entidade poderosa e
sem amor e não vive venerando
incessante do seu caminho ,
de uma garra infinita , segura de
o que não lhe oferta furor . Preza
curandeira das suas feridas nas
si num enlace perfeito que
a sua liberdade , rompe as
estrofes suicidas de amor , de
galopa pelos trilhos inóspitos e
algemas e toma – segura de si -
tristeza e de alegrias esvoaçantes
vazios que só os seus olhos
decisões pois as suas certezas –
na aragem da vida . Munida de
conseguem ver . Com toda a
mesmo que por vezes incertas –
uma alma cicatrizada , inundada
minuciosidade , é esculpida a
são a ponte e o mapa de chegada
na tristeza desconcertante da
rigor por um pincel colorido que
à sua fonte . Uma MULHER
lembrança de um passado ,
salpica – por onde passa – a
recusa-se a ser personagem de
muitas das vezes , apresenta-se
avenida atribulada .
uma novela que não seja a sua ,
como uma guerreira fustigada e
Vagueia sob os olhares
as escolhas são DELA e na sua
vencida , mas triunfante do seu
envergonhados que , sem
independência vive desprovida
aprendizado : uma perfeita exímia
sucesso , tentam resgatar o brilho
de amarras …. MULHER , uma
gladiadora de guerrilhas . No
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da sua fortaleza . É desigual na
ciência , uma matemática
trilho traçado , mergulha em
igualdade alheia , munida de uma
filosófica desnutrida de
precipícios , cose os remendos da
verticalidade vincada e é , sem
problemas .
alma rasgada e ainda assim ,
dúvida , uma exímia dançarina
E quando ama ? Quando ama …
reescreve uma nova estória
dos dias negrejantes .
entrega-se na ambiguidade da
assoberbada em emoções
Chora sem disfarçar , reencontra-
sua essência , na clemência
desarticuladas . Quantas vezes ,
se no seu caminho , nas grávidas
amolecida e desnutrida do que
ELA , veste a armadura da solidão ,
alvoradas sem fim e passo a
sente em surdina . Sente a
renuncia-se ao amor e à paixão
passo marca a calçada da rua
inflamação do amor , do afeto
avassaladora ? E … entende que
enquanto aguarda o passar da
que lhe afaga os sulcos da
nada foi em vão , o que aprendeu ,
tempestade inóspita . Não teima
melancolia e … não desiste da
o que viveu – porque – o que
o cansaço que a assoberba e sem
procura do antídoto da sua cura .
importa é onde chega – erguida
pejo segue , porque sabe que
Não teme e arrisca , uma , duas ,
da dor - e ainda assim , munida de
existe sempre uma nova
milésimas vezes enquanto
uma pesada bagagem .
montanha onde , aí , terá de
acreditar e entrega-se sem pudor
EU , TU … MULHER , enquanto o
perder no seu ganho
com toda a bravura que lhe
tempo entender aprendemos a
conquistado ; jogando à sarjeta
saborear cada compasso da