Hatari! Revista de Cinema #06 Cinema Nórdico | Page 5
A Hatari! Revista de
Cinema chega a sua 6ª edi-
ção explorando o cinema dos
países nórdicos: Dinamarca,
Suécia, Finlândia, Islândia e
Noruega estão todos repre-
sentados em onze textos crí-
ticos que vão do pioneiro do
cinema sueco Victor Sjöström
até a mais atual e popular sé-
rie de TV norueguesa Skam.
Andrei Bueno abre a re-
vista com uma análise de
três filmes de Sjöström: Terje
Vigen (1917), O Fora da Lei e Sua
Mulher (1918) e o filme favo-
rito de Ingmar Bergman, A
Carruagem Fantasma (1921).
O sobrenatural, a morte e a re-
ligiosidade, presentes nesse
último, serão reverberados
nos próximos textos, ini-
ciando com “Pequenos mila-
gres acontecem em segredo”
CINEMA NÓRDICO
por Hanna Esperança
de Yasmin Rahmeier em
uma análise de Ordet (Carl
Theodor Dreyer, 1955) e, logo
depois, “Persona, as másca-
ras e o travelling” de Matheus
Petris, sobre Persona (1966),
do já citado diretor Ingmar
Bergman. Por fim, Leonar-
do Otto olha para a questão
da religião contida nos filmes
vikings que compõem a Trilogia
do Corvo (1984, 1988 e 1990).
Já o texto “Continuo
curiosa” de Yoná Yassuda
sobre os filmes I am Curious
(Yellow) e I am Curious (Blue)
de 1967-68 dirigidos por
Vilgot Sjöman, inicia uma
leva de análises de filmes
que tratam sobre questio-
namentos do mundo e uma
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rebeldia adolescente nostálgi-
ca. Pedro Fávaro analisa o do-
cumentário islandês Rokk Í
Reykjavík (1982), de Friðrik Þór
Friðriksson em “Rock, galinhas
e reykjavík” e Isabela Leticia o
conto punk-feminista Vi är bäst!
(2013), de Lukas Moodysson em
“Nós fomos algo de belo”.
Enquanto ambos os textos
constroem e homenageiam a
pureza e a inconsequência jo-
vem através da música, “A gen-
te precisa crescer” escrito por
Gabriela Quadros sobre a já ci-
tada série de TV Skam (2015) e
“Sobre todos os filmes que eu
não vi” escrito por mim a res-
peito do filme Deixa Ela Entrar
(Tomas Alfredson, 2008), fazem
uma construção semelhante,
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mas através da análise das su-
tilezas em ambas as obras.
Por fim, os dois últimos
textos “A menina dos olhos
de Kaurismaki” de Matheus
Borges e “O ser humano retra-
tado por Roy Andersson” de
Camila Sailer analisam aqui-
lo que é inerente ao humano,
seus desejos, suas vontades
e a consequência de suas es-
colhas nos filmes A Garota da
Fábrica de Fósforos (1990), de
Aki Kaurismaki e a trilogia de
Roy Andersson: Canções do
Segundo Andar (2000), Você,
os Vivos (2007) e Um Pombo
Pousou num Galho Refletin-
do Sobre a Existência (2014).